Atentado interrompe show da Eagles Of Death Metal. Americanos são atração do Lolla 2016

Eagles Of Death Metal

Pelo menos 60 pessoas foram mortas em um ataque terrorista cometido durante show da banda Eagles Of Death Metal, no Bataclan em Paris, na noite desta sexta-feira, 13. Segundo a AFP e a CNN, mais de 100 fãs ainda foram feitos reféns, mas os músicos nada sofreram e conseguiram escapar. Os artistas estão escalados para a próxima edição do Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, dia 12 de março de 2016.

Testemunhas relataram através das redes sociais que o grupo estava terminando uma das canções quando os terroristas entraram no Bataclan e abriram fogo contra os fãs. No vídeo divulgado (ver abaixo) é possível ver o guitarrista e baterista se abaixando e fugindo, enquanto ao fundo se ouve o tiroteio. O show estava quase na metade quando o atentado iniciou. 

A Eagles Of Death Metal é uma banda de rock dos EUA formada por Jesse Hughes e Josh Homme. Hughes é o líder da banda e Josh é mais conhecido por ser líder da banda Queens of the Stone Age. Josh não estava presente, segundo informações da Consequence of Sound. Através do Facebook, o líder da banda Red Lemon afirmou que eles, os americanos e a dupla Tuesday and Jesse estavam a salvos. Josh é parceiro dos músicos em diversos shows.

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De acordo com usuários do Twitter e do Instagram, o show estava acontecendo quando a casa de shows foi atacada. A mãe do baterista Julian Dorio informou ao jornal The Washington Post que a esposa de Dorio informou que os músicos deixaram o Bataclan assim que o atentado começou. Não se sabe se a equipe de apoio da banda também deixou o local a tempo. Um amigo da banda White Miles, que fez a abertura do show, escreveu no Facebook que o Eagles deu notícias e que eles estão em um local seguro.

ENTENDA O CASO

Após a Primavera Árabe, iniciada em 2010 em países como Tunísia e Egito, o pedido de liberdade contra ditaduras se espalhou para diversos países. Porém na Líbia e Síria os protestos ganharam dimensões maiores devido à resistência dos seus opositores, os ditadores líbios Muammar al-Gaddafi, morto em 2011 após 42 anos de governo, e o sírio Bashar al-Assad, no governo há 15 anos, iniciarem respostas violentas que levaram ambos a Guerra Civil. Aproveitando-se da fragilidade desses países, o Estado Islâmico, grupo extremista que tem o ideal de proclamar um Califado e formado no Iraque e na Síria, tomaram diversas cidades que ficaram vulneráveis, aumentando a migração de refugiados ao nível nunca visto desde a Segunda Guerra Mundial.

Uma coalizão formada pelos EUA e com apoio de diversos países, entre eles a França, tentaram retomar as cidades sob controle dos extremistas, principalmente no Iraque (ainda sob controle de tropas americanas) e na Síria (antiga aliada francesa). A Rússia também prometeu ajuda, mas relatos de testemunhas dizem que o apoio militar não foi de combate ao Estado Islâmico, mas contra os rebeldes que lutam contra o aliado russo, Assad. Em resposta aos bombardeios, o EI prometeu atentados contra às nações que fazem parte da operação. O acidente com o avião da companhia aérea russa KogalimAvia, também conhecida como Metrojet, que caiu no Sinai egípcio causando 224 mortes, foi reivindicado pelo EI, mas ainda não confirmada a autoria do ataque.

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