Banda LYRIA se consolida como um dos grandes expoentes do Heavy-Metal no Brasil

Lyria é uma banda de Metal Alternativo Sinfônico do Rio de Janeiro, idealizada pela vocalista e compositora Aline Happ no ano de 2012. O nome do grupo foi inspirado pela mitologia grega e particularmente na LIRA, importante instrumento musical para os gregos. Também está relacionado à flor lírio e à palavra inglesa “lyrics”. Toda uma simbiose fonética e conceitual bem interessante nessa elaboração.

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No final de 2012, o Lyria apresentou sua primeira música, intitulada “Reflection”, inspirada no mito de Narciso. A música foi muito bem recebida principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Com riffs de guitarra marcantes e vocais virtuosos, o grupo deu seu cartão de visitas com a música que viria ser parte do álbum “CATHARSIS”.

Lançado em setembro de 2014, “CATHARSIS” foi concebido por meio de uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) com fãs de diversas partes do mundo e arrecadando mais de USD $8.000,00, quando a banda dispunha apenas de duas músicas gravadas até então. Um grande feito, admirável!

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Fazendo um apanhado de diversas vertentes do Heavy Metal, como Sinfônico, Industrial, Thrash e Metal tradicional, o Lyria conseguiu desenvolver no “CATHARSIS” uma sonoridade forte e autêntica, com destaque inconcebível para os  belíssimos vocais da Mezzo Soprano Aline Happ.

Com presença de palco contundente, Aline Happ é a cara, a voz e a alma do Lyria. Os vocais sinfônicos com claras influências de Nightwish e Evanescense, promovem a sutileza aliada a uma imponência verdadeiramente hipnotizante. Unindo a precisão do baixista Thiago Zig e a intensidade do baterista Eliezer Andre, o grupo mira também a construção de uma carreira fora do Brasil.

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Com fãs em nível global, como ficou claro no projeto de realização do crowdfunding, a banda projeta o investimento em uma carreira internacional aproveitando a grande aceitação do público fora do país, mirando regiões como EUA, Europa e Japão.

Cerca de um ano após o lançamento de “CATHARSIS”, a resposta do público em relação à sonoridade da banda é deveras promissora! O grupo promete atingir grandes feitos num futuro próximo, não só no Brasil como também ao redor do mundo, como os resultados vem acenando. O Metal nacional apresenta mais um promissor expoente para nos representar de forma ímpar no mercado externo.

ENTREVISTA COM A VOCALISTA ALINE HAPP:

1 – Dentro da sua formação erudita, o que te levou a montar uma banda de Heavy-Metal? O exemplo bem sucedido de bandas com influência sinfônica como o Nightwish ou alguma outra razão particular?

Aline: Olá, obrigada pela entrevista! Então, a primeira banda que escutei do estilo foi o Evanescence e logo depois o Nightwish e me apaixonei de cara pelo estilo! Eu já gostava de música erudita e desenhos da Disney com as princesas cantando, então posso dizer que tudo isso me influenciou a misturar os estilos e hoje canto numa linha semi-erudita com Metal.

2 – Conte mais sobre a influência do mito de Narciso na elaboração da canção “Reflection”. Como se deu esse processo?

Aline: Eu estudei Mitologia Grega como matéria da faculdade, gostei tanto que acabou me influenciando em muitas coisas, uma delas foi na música “Reflection”. Narciso se encantou de tal forma com a própria imagem que não via nada mais além e acabou morrendo por isto. “Reflection” surge como uma espécie de conselho para as pessoas que só pensam nelas mesmas e preocupam-se apenas com seu próprio reflexo.

3 – Vocês conseguiram grande êxito em uma campanha de crowdfunding com fãs de várias partes do mundo, referente ao lançamento do primeiro álbum “CATHARSIS”. Imaginavam esse sucesso na forma como se deu?

Aline: Foi realmente maravilhoso! Mas não, não tínhamos a menor ideia se o crowdfunding iria funcionar. Foi uma espécie de aposta, uma tentativa. No início eu ficava pensando: “Será que alguém vai querer investir em nós? Quem vai nos dar esse voto de confiança?”. Até que as pessoas foram se engajando e alimentando nossas esperanças. Foram dias e noites trabalhando em cima da campanha, entrando em contato com as pessoas, apresentando o trabalho. O resultado foi realmente gratificante.

4 – Quais as principais influências e motivações para conceber “CATHARSIS” dentro da sua sonoridade? A resposta de público e crítica ao álbum tem sido ótima!

Aline: Foi algo bastante natural. Simplesmente colocamos tudo que gostamos no álbum, as diferentes influências de cada um, e também tivemos um ótimo trabalho de produção musical. É muito legal ler tantas resenhas, todas positivas até então. Esse reconhecimento e carinho dos fãs é o que nos move. Muitas pessoas dizem não ter apenas uma música preferida e que gostam do álbum todo. Para mim isso é realmente muito gratificante.

5 – Como vem o mercado para Heavy-Metal no Brasil? Acreditam na consolidação de uma cena mais contundente por aqui ou a banda visa exclusivamente o mercado externo?

Aline: O Brasil com certeza tem um público que gosta de Metal. É só reparar como os dias de metal no Rock in Rio encheram, por exemplo. O problema maior é que as bandas precisam fazer sucesso internacional para serem reconhecidas por aqui. Há também certa dificuldade na introdução de bandas novas. Muitos estão presos ao passado e consequentemente a bandas covers. E existe ainda muita gente que, por não saber exatamente o que é metal, possui preconceito com o gênero. De qualquer forma temos que ter pensamento positivo e tentar mudar esse cenário fazendo com que as pessoas conheçam e gostem de novas bandas tanto daqui quanto de fora.

6 – Aline, experiências significativas com outros segmentos artísticos influenciaram sua presença cênica? O canto lírico vem acompanhado geralmente de um congruente bastante teatral. Isso te ajuda a ter tanto destaque nos palcos?

Aline: Eu sempre gostei de interpretar. Quando criança inventava diversas brincadeiras e até mesmo o figurino para os personagens das histórias. Cheguei a fazer teatro no colégio durante um tempo também. Acho que tudo ajuda e eu já sou uma pessoa meio dramática também, hahaha.

7 – O sucessor de “CATHARSIS”, já está a caminho? Ou ainda há muito em que se trabalhar no álbum de estreia?

Aline: Queremos trabalhar mais o álbum antes de lançar um novo. A ideia é divulgar o Catharsis um pouco mais no momento. Porém, já temos algumas composições prontas e em andamento para o próximo. Volta e meia surgem ideias para novas músicas, mas ainda não temos uma definição concreta a respeito.

8 – O espaço é todo de vocês para deixar uma mensagem para aqueles que acompanham o CULT MAGAZINE e aos fãs da banda!

Aline: Muito obrigada pela entrevista. Espero que vocês leitores tenham curtido! Se quiserem conhecer/acompanhar mais nosso trabalho, acessem nossos links e entrem em contato conosco. É sempre um prazer receber um feedback sobre o nosso trabalho. Abraços!

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Por Alessandro Iglesias

Foto de show: Vinícius Giffoni

 

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