Defalla lançará novo trabalho no esquema de crowdfunding

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Para os mais jovens que devem estar se perguntando de quem estamos nos referindo e automaticamente denominando-lhes a alcunha de “lenda”, vale frisar que o Defalla já foi a grande referência do nosso rock brasileiro para muitas bandas que surgiram nos anos 90. Planet Hemp, Nação Zumbi, Raimundos, Ultramen, Pato Fu, Pavilhão 9 e mais uma infinidade de grupos dessa década, tiveram a banda do Rio Grande do Sul como grande inspiração: “Os dois primeiros discos do Defalla (“Paparty”, 1987, e ”It’s fuckin’ borin’ to death, de 1988) são os melhores lançados no Brasil em qualquer época. Eles são mestres, fizeram um trabalho de vanguarda e não tem nada parecido no Brasil até hoje, tendo e muito influenciado o Planet”, afirmou Bnegão, empolgado quando soube dessa nova empreitada da banda.

O grupo que sempre ousou em experimentações musicais (rock, new wave, mpb, rap, funk, progressivo, glam e miami bass, já formataram o “liquidificador sonoro” dos gaúchos), chegou a ter um grande boom com o lançamento do disco “Kingzobullshitbackinfulleffect92” em 1992, que culminou com uma grande apresentação no extinto festival Hollywood Rock (1993, vídeo disponibilizado abaixo). Mas no geral, a banda construiu mesmo foi uma base fiel no underground, até porque é quase um consenso que o som deles esteve muito a frente do seu tempo na época, como frisou Pupilo (baterista da Nação Zumbi): “Minha expectativa é que venha alguma coisa que a gente não espera, essa é a marca registrada da banda. Defalla foi a primeira a mexer com o hip-hop no Brasil, e isso inspirou muita gente”. Digão dos Raimundos reforça: “O rock precisa de bandas boas, que tragam inovação. O que admiro neles é que não seguem padrões”.

A expectativa exagerada pelo novo disco, não atemoriza o figuraça vocalista Edu K, que sempre assume uma alcunha visual diferente e marcante em cada novo trabalho: “É gratificante saber que tem gente que confia no nosso estilo. Defalla foi uma banda de internet antes da internet surgir, porque sempre buscamos coisas inusitadas de vários lugares do mundo”! Fica claro com essas palavras do frontman, que realmente o inusitado e o ineditismo continuarão fazendo parte do vocabulário no que diz respeito a complicada tarefa em tentar descrever o som da banda.

Para quem quiser participar desse projeto (bit.ly/YYBDSC) na internet, capitalizando R$ 50.000 até o dia 30 de abril para o novo trabalho da banda com sua formação clássica (além de Edu, Castor na guitarra, Flu no baixo e Biba na bateria), saiba que existirão categorias de valor (de R$20 a R$1.000) com direito a bônus, que variam em fazer parte do clipe, ter o nome nos agradecimentos do álbum ou participar de uma festa com os membros da banda. Bom, não acham???

Por Alessandro Iglesias

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