A noite da última sexta-feira foi marcada por uma verdadeira celebração Punk Rock com os shows do Dropckik Murphy e Booze & Glory no Circo Voador.
O grupo britânico, Booze & Glory, que está de volta ao Brasil um ano após sua primeira vinda ao país, abriu a noite com seu punk rock energético. A apresentação dos ingleses do movimento “OI” teve um início morno devido ao público reduzido no local mas aos poucos foi ficando animado com a chegada dos fãs do Dropckik Murphys. animaram a lona com seus hits que mais parecem hinos do futebol inglês, onde exaltam o consumo de cerveja, a classe trabalhadora britânica e o time West Ham United, pelos quais são fanáticos
A principal atração da noite, Dropkick Murphys, mostrou porque é um dos nomes mais reconhecidos do punk rock céltico fazendo uma verdadeira festa no Circo Voador. A sonoridade regada a gaita de fole, bandolim e acordeão se diferencia do habitual trio, bateria, guitarra e baixo potencializando o clima festeiro que levou o público a loucura.
A banda abriu o show com “Boatsman” e emendou com o hit “Boys are Back”. Acompanhados pela cantoria dos fãs, foi uma abertura poderosa. Todos no local entraram em erupção quando ouviram os primeiros acordes.
O baixista, Ken Casey , se desculpou por demorar tantos anos para vir a Brasil mas disse prometeu compensar pelo tempo perdido. Após a promessa emendaram com a música “Johnny I hardly knew ya”. O show foi punk na veia sem parar desde o primeiro acorde. O Dropkick Murphy revisitou seus 20 anos de carreira com um setlist de uma hora e meia. A energia de sua música deixa qualquer um de alma lavada.
“The Warrios Code”, ” I’m Shipping Up To Boston” e “Rose Tattoo” foram alguns hits que animaram a movimentada “roda”. Além de seus grandes sucessos, o grupo fez cover das clássicas canções “Criten Hop” dos Ramones, ” I Fought the Law” do The Clash e “TNT” do AC/DC.
Ao som de “Until we meet again”, canção do novo álbum “11 Short Stories of Pain & Glory”, a banda iniciou sua despedida e acolheu dezenas de fãs no palco. Juntos, cantaram “TNT”, clássico do AC/DC, e com essa sonzeira encerraram a noite em grande estilo.
Com muita simpatia, a banda tirou fotos junto aos fãs que estavam no palco, trocou abraços e comprimentou com apertos de mão a plateia próxima ao palco. Sem dúvidas, um show memorável!
A empolgação do público mostrou que o Rio de Janeiro não é terra só do sambafunk. Temos muitos cariocas amantes de punk rock underground. Essa bela noite é rara de se ver em solos cariocas e nós, do Cult Magazine, agradecemos de coração a Liberation Music por não deixar o rock morrer na terra do samba!
Texto: Gláucia Xavier
Fotos: Levino Diniz