Jack White aceita entrar para o conselho que defende igualdade de gênero e escreve carta aberta

O músico, Jack White, foi convidado pela prefeita de Nashville, Megan Barry, a entrar para um conselho formado por 45 pessoas, na qual eles discutem políticas de igualdade de gêneros no mercado de trabalho. O ex-White Stripes aceitou a nomeação e escreveu uma carta aberta sobre o assunto e dá um banho de exemplo.

Leia a carta na íntegra:

 “Obrigado à prefeita Barry pelo convite para integrar o conselho. Todos os seres humanos merecem ser tratados com igualdade em suas vidas sociais, financeiras e profissionais. Em minha vida artística, sempre considerei injusto um baterista ganhar menos que um cantor nas gravações que produzi, simplesmente por um ter empresário melhor que o outro. Ambos estão criando, independente de função ou tempo de experiência. Deveriam receber o mesmo valor. E quanto a um flautista ganhar mais por ser homem? Considero isso ridículo”.

“É constrangedor que, em pleno 2016, ainda vejamos diferenças de benefícios e salários por conta de gêneros. É algo que deveria ter sido resolvido ainda no século passado. Fico triste por termos que agir contra a situação a essa altura. Se alguém faz um trabalho, o benefício deve ser o mesmo para qualquer ser humano. Como proprietário da gravadora Third Man Records, localizada desde 2013 em Nashville e Detroit, tenho orgulho de dizer que pago o mesmo valor a qualquer empregado, independente de gênero. 15 dólares por hora a todos. Encorajo que todos os pequenos negócios façam o mesmo. Você não vai quebrar por conta disso. Não é certo que uma pessoa precise de dois empregos para ter o que comer e onde morar. Se uma micro empresa como a minha pode fazer isso, as bilionárias, como o Walmart, também podem”.

“Desde 2015, todos os meus funcionários possuem benefícios como plano de saúde, algo que fico feliz em oferecer, por considerar um direito básico à sociedade, não uma maneira de empresas capitalizarem. Também ofereço seis meses de licença-maternidade, além de três no caso de paternidade, ambos remunerados. Nada é mais importante que uma nova vida e alma sendo trazida ao mundo. Os pais não devem se preocupar com nada além do bem estar da criança neste momento. Se minha pequena companhia pode fazer isso, McDonalds e General Motors também conseguem”.

“Também quero ressaltar que as questões relacionadas à sexualidade dizem respeito apenas ao indivíduo, não a quem o emprega ou ao governo. Se alguém nasceu em determinada realidade ou com diferenças físicas, não deve ser tratado de forma degradante por conta disso. Ao escolherem se representar como transgêneros ou de gênero neutro, isso não deveria afetar seus salários, benefícios ou a maneira como são tratados por outros seres humanos. Muito obrigado”.

Por Milena Calado

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