Lily Allen revela que foi atacada em casa por maníaco que tentou matá-la

A cantora Lily Allen revelou em entrevista exclusiva ao Observer, do jornal The Guardian, que um homem tentou esfaqueá-la enquanto dormia, em sua residência, no ano passado. As ameaças teriam começado há sete anos, mas só agora a inglesa contou com detalhes sobre o caso que levou ao seu isolamento e “mudou a sua vida”, como disse ela, por conta do ataque.

Em uma reportagem de quase duas páginas, a cantora, que ficou mundialmente famosa em 2006 com seu single “Smile”, disse ao jornal que as ameaças começaram em 2009, quando Alex Gray alegou que teria escrito o seu hit daquele ano, o “The Fear” (O Medo). O rapaz teria usado o Twitter @lilyallenRIP para fazer as acusações com ameaças.

Segundo Lily, então a partir daí começaram as intimidações:

– Ele começou a enviar cartas para a minha gravadora, meu escritório, loja da minha irmã, meu apartamento. Eu não sou uma pessoa de se assustar facilmente, mas o fato é que eu fui à polícia e levei as cartas, para mostrar o quanto sério era a situação. O alerta vermelho soou. Mas acabei me sentindo mais segura por estar fazendo registro policial – revelou Allen, que à época tinha 24 anos.

Desde então o homem passou a se aproximar das pessoas próximas a ela, sempre se mostrando “assustador”, segundo relatos deles. Mesmo tomando medidas e se afastando de amigos e familiares, não se sentia segura. A preocupação aumentou depois que a polícia a avisou que o suspeito estaria novamente “de volta a ativa”. Lily disse ainda que se viu decepcionada com o comportamento da polícia, que não tomou maiores precauções:

– Não sabia o que aquilo queria dizer. Fiz a minha própria investigação, contratei um advogado, tomei medidas para proteger a minha família. Nem sabia como era a cara dele – afirmou Lily Allen, que chegou a ver cartazes em shows com frases “Eu escrevi ‘The Fear'”.

Depois de anos de proteção, foi aí que teria ocorrido um ataque, no último mês de outubro:

– Queimei uma panela durante o jantar, então abri todas as janelas para que saísse a fumaça. Mas acabei esquecendo a de trás aberta. Eu estava dormindo, ele veio correndo, puxou meu edredom gritando ‘foda-se, sua puta’. Ele carregava algo na jaqueta, o que eu acredito que seja uma faca. – concluiu.

Com a ajuda de um amiga que estava em casa, o invasor foi expulso e não conseguiu machucar a cantora ou qualquer outra pessoa. Estavam também na residência os dois filhos da inglesa.

Lily afirmou que resolveu falar agora sobre o que aconteceu com ela nos últimos anos não só para alertar, mas também expor ajuda a diversos casos semelhantes ao seu. De acordo com a matéria, até 700 mil pessoas sofrem com perseguições na Inglaterra e País de Gales a cada ano. Mas, segundo a reportagem, Gray foi preso por roubo no mês passado e será sentenciado em breve a uma clínica psiquiátrica.

Com o apoio de Lily Allen, o partido britânico da Igualdade da Mulher pôs em marcha um pedido de registro dos “stalkers”, como são chamadas as pessoas que perseguem as outras, tal como existe com os abusadores sexuais. Apenas 1% dos casos de perseguição e 16% dos casos de assédio culminam em acusações, afirma o jornal britânico.

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