Com elementos do circo clássico e do circo contemporâneo, “Rastros”, novo espetáculo do Crescer e Viver, estreou em julho, na lona instalada na Praça Onze. Sob a direção de Renato Rocha, nove artistas executam técnicas circenses complexas e de risco, como trapézio, parada de mão, percha, contorção, entre outros. O espetáculo chega a sua última semana de apresentações, as sessões são sexta e sábado, às 20h, e no domingo (25), às 15h30, e, às 19h30. Os ingressos custam R$40 (R$20 meia).
Embora “Rastros” sugira uma reflexão sobre o homem contemporâneo e os caminhos que percorre, o que se vê no picadeiro não é um espetáculo de dramaturgia, com construção de personagem definida. Concebido por meio de um processo de criação colaborativo, em que o elenco e a direção tiveram como fonte de inspiração e pesquisa as suas próprias memórias e experiências de vida, o resultado é uma obra aberta e a serviço das artes circenses. “Nossa ideia é levar o espectador a pensar sobre a evolução humana e sua relação com os animais e com o planeta”, conta Renato, que revela, ainda que os artistas estarão caracterizados como seres híbridos, usando cabeça de cavalo, pata de boi, entre outros elementos.
No elenco de “Rastros” estão nove brasileiros com experiência em grandes companhias internacionais, como Cirque du Soleil e Ringling Bros. Todos têm história de vida e carreira intimamente ligadas ao Circo Crescer e Viver. “Alguns se formaram conosco, outros são professores ou participaram de espetáculos anteriores. Temos certeza que dessa reunião resultará um marco da cena circense contemporânea”, espera o co-fundador e diretor artístico do Crescer e Viver, Vinícius Daumas. Ele acredita que a originalidade e as invenções artísticas, sempre presente nas criações da instituição, vão surpreender o público. O Crescer e Viver conta com outros dez espetáculos em seu repertório.
Coproduzido pela Bienal do Circo de Marseille, “Rastros” já tem data para ganhar o mundo. No início de 2016 o espetáculo fará uma turnê pela Europa, começando pela França.
A ficha técnica é composta por nomes importantes no universo do circo, das artes cênicas e da música. A premiada cenógrafa Bia Junqueira assina a direção de arte, enquanto Daniel Gonzaga é responsável pela trilha sonora original. Para a preparação de elenco, a montagem contou com a expertise do diretor de teatro Zé Alex, da Companhia EnvieZada. A francesa Eléonore Guisnet é a responsável peça direção de movimento.
SERVIÇO:
Rastros
Até 25 de setembro de 2016
Sextas e sábados às 20h / domingo às 15h30 e às 19h30
Local: Circo Crescer e Viver
Endereço: Rua Carmo Neto, 143 – Cidade Nova (ao lado da estação Praça Onze do Metrô)
Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia)
Informações (21) 3972-1391 / http://crescereviver.org.br/
Classificação etária: Livre
Capacidade: 240 pessoas