Roots, com Thiago Soares e Danilo D’Alma, fará curta temporada popular no Teatro João Caetano, no Rio

Roots é um espetáculo de dança interpretado por Thiago Soares, primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres e considerado pela crítica um dos melhores dançarinos de sua geração, e Danilo D’Alma, bailarino e coreógrafo reconhecido no cenário das danças de rua do Rio. Com direção de Renato Cruz e Ugo Alexandre, Roots fará curta temporada popular no Teatro João Caetano – um espaço da Secretaria de Estado de Cultura/FUNARJ – no Centro, entre os dias 13 e 22 de janeiro (apresentações de sexta a domingo). O músico e multi-instrumentista Pedro Bernardes assina a trilha sonora original ao vivo. Roots é uma realização da Araucária Agência Cultural, dirigida por Miguel Colker.

A ideia de Roots surgiu quando Thiago Soares reencontrou o diretor e coreógrafo Ugo Alexandre há dois anos, em Londres. De volta ao Rio, Ugo recebeu uma ligação do bailarino propondo que ele o dirigisse em um espetáculo que resgatasse o início da sua vida artística no Rio dançando break e hip-hop aos 12 anos, nas ruas e festas da Zona Norte. Os dois começaram a conceber o projeto à distância e, aos poucos, Roots foi ganhando forma. O diretor sugeriu Danilo D’Alma, bailarino e coreógrafo reconhecido no cenário das danças de rua, para formar um dueto com Thiago em cena, um grand pas-de- deux promovendo um diálogo entre a dança de rua contemporânea e o balé clássico.

“A nossa ideia era o Thiago da zona de conforto, do papel de príncipe. Em ‘Roots’, mostramos um artista mais visceral, que fica ofegante e sua”, diz Ugo, que conhece o bailarino há mais de 20 anos, desde os seus primeiros passos na dança em festas nos playgrounds de prédios dos subúrbios do Rio. Roots celebra um reencontro cênico entre dois artistas que seguiram trajetórias distintas: Thiago no balé clássico e Ugo nas danças urbanas.

Com a proposta de enriquecer esta experiência de reencontro a partir de outro olhar, Ugo convidou o diretor e bailarino Renato Cruz para assinar a codireção do espetáculo. Como coreógrafo da Companhia Híbrida, conquistou o público e a crítica com a criação de peças premiadas singulares, misturando as danças urbanas com a dança contemporânea.

“O espetáculo tem uma narrativa emocional muito forte. Fala de coisas muito presentes na nossa vida: a dança urbana para o Danilo, o balé clássico na minha vida, a minha relação com o Ugo e a dele com o Danilo”, explica Thiago Soares, que conta que a ideia surgiu num momento de reflexão sobre o passado. “Será que aquele menino lá de trás estaria orgulhoso daquele cara que eu sou hoje?”, questiona.

As referências na criação de Roots vão de Marius Petipa a George Balanchine, de William Forsythe a Bruno Beltrão. O espetáculo apresenta influências do balé clássico, dança contemporânea, hip hop e house dance. A dança de rua em diálogo com a clássica promove um jogo de deslocamentos e quebras de paradigmas, e o encontro destes bailarinos conduz o espectador a um quadro vivo e imprevisível.

O músico e multi-instrumentista Pedro Bernardes assina a trilha sonora original de Roots. A música será executada ao vivo, em sinergia com os bailarinos. Além de pianista clássico impressionista, o artista cria sons, efeitos e batidas a partir de sintetizadores e outros aparatos musicais.

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