‘Star Wars: Os Últimos Jedi” mantém a chama da saga com tudo que a fez ser um sucesso (sem spoilers)

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Quando a Disney assumiu a responsabilidade por continuar a saga de Star Wars, com a desconfiança e falta de esperança de muitos, veio também a possibilidade de alterações significativas que pudessem aleijar totalmente o formato que a transformou em um dos maiores sucessos da História do cinema. Pois bem, após três filmes isso foi totalmente enterrado. Está de volta a grandiosidade e a espetacularização das lutas, algo muito criticado pelos seguidores da narrativa. Agora ele tem uma estrutura própria, tornando-se algo original frente aos demais.

Novamente J.J. Abrams no comando e o sentimento nostálgico com relação à trilogia original estão vivíssimos. A turma liderada por Rian Johnson, diretor e roteirista de “Os Últimos Jedi” com apenas 43 anos, bebeu bastante da fonte deixada por George Lucas, criador de “Star Wars”. Pela idade, podemos ver que Rian cresceu com as produções sendo lançadas. Talvez seja aí a grande resposta para a manutenção quase completa de todos os traços da série ainda vivos. Só que com o diferencial dos estúdios de Walt: super produções.

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Por tanto, não é de se admirar a reciclagem de histórias, mitos e constantes aflições que já vimos nos demais. “Os Últimos Jedi” não joga todos os segredos de uma vez, mas constrói ainda mais confusão na cabeça dos espectadores e ansiedade para o que virá no próximo. J.J. Abrams, aliás, teria propositalmente guardado tudo para o último filme e, assim, terminar com chave de ouro? Há quem aposte. 

Parte Técnica

Manter viva uma história que completou 40 anos é difícil. A Disney sabia disso e portanto, desde o Episódio VII, vem evitando muitas transformações. Ela está viva na parte técnica, muito mais bem feita que nos demais, como o encadeamento mais artístico das sequências, misturando as ações simultâneas de diversos locais. O roteiro, que durante algumas das produções deixou a desejar, neste está mais intenso, fazendo as duas horas de filme passarem voando e sem tempo para respirar.

As batalhas são sempre épicas, cheias de viradas e explosões, onde o inesperado acontece. Como quase sempre foram as da franquia. E quando falamos dessa parte, a turma do tio Walt Disney nunca entra pra brincar. Há até uma menção aos que sempre brincaram com a frase: “Como que ouvimos as explosões no espaço, se no vácuo o som não se propaga?”. Bem, eles resolveram isso, pelo menos em algumas cenas, talvez propositalmente.

A fotografia do filme é algo de se chamar atenção. Nas sequências dos Episódios IV e V tivemos algumas das melhores, mas nessa é o diferencial. As tomadas áreas e os ângulos buscados para dar novos rumos ao enredo podem ser consideradas a marca dessa nova fase da saga.

Elenco e Roteiro

Não há agora uma amortização para que a história se desenvolva, como aconteceu no I, II e III. O confronto entre Lado Negro e Força, mentes confusas e, ao contrário do que já vimos há 40 anos, agora a pegada é bem mais negativa e derrotista. E isso é feito de forma proposital, para gerar dúvidas e forçar (sem trocadilhos) o espectador a pensar nas transformações causadas durante todo esses personagens.

Daisy Ridley brilha novamente. A jovem inglesinha tem um talento que transborda a tela e já é uma das que mais conquistou o carinho dos fãs nestes nove filmes. Segura e convincente, tem ao seu lado um Mark Hamill mais completo entre todos os Episódios. Maduro e sábio, o Jedi consegue atingir e transmitir aquela seriedade dos demais, já extintos.

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Outra presença do dedo Disney é a diversidade dos atores e origens dos personagens. Já havia um negro, John Boyega, dando vida a Finn, e agora há uma asiática, a divertida Kelly Marie Tran, dando vida a valente Rose Tico.Já não era sem tempo, haja vista que a luta de sabre é inspirada nas lutas samurais do Japão dos séculos XV ao XIX.

Tem até uma ponta do campeoníssimo Benício del Toro e Laura Dern (lembra dela do Jurassic Park?), misturando jovens e novos atores, assim como são os fãs de Star Wars após tanto tempo.

Algumas coisas revivem George Lucas, como novas criaturas e seres galácticos. Diversas aparições aconteciam nos antigos trabalhos. Neste aparece menos, mas com sequências que certamente farão os fãs automaticamente lembrarem de outras, como as festas e confraternizações que aconteciam nas produções antigas.

Carrie Fischer, falecida em dezembro de 2016, continua na história e suas aparições são sempre carregadas de emoções. Para fã e também quem não é. Há uma sensibilidade muito grande dos novos roteiristas com a Princesa Leia. Antes sensual e até meio atrapalhada, agora é sóbria, menos falante e comovente na luta com a Resistência. Uma saudade que será difícil de ser preenchida a partir de 2019.

Se você ainda não assistiu, divirta-se. Vá até o cinema e que a Força esteja com você.

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