Chico Buarque apresenta “Que tal um samba?” para o público portuense

O concerto de Chico Buarque no Porto já foi um sucesso desde o início das vendas dos bilhetes, que logo esgotaram-se, como já é costume nas apresentações do cantor. Com um total de cinco atuações agendadas no país, duas no Porto e três em Lisboa, a primeira noite da turnê Que tal um Samba? na Super Bock Arena foi um verdadeiro espetáculo, cheio de emoção, nostalgia e protestos sutis, embalados pelas engenhosas letras e melodias de Chico.

A noite começou com a atuação da cantora Mónica Salmaso, convidada de Chico e a responsável pelas seis primeiras canções de abertura. A artista entoou com maestria e uma voz impecável, canções como Passaredo, Bom Tempo e Beatriz. Em O Velho Francisco, Chico Buarque subiu ao palco para juntar-se à Mônica, diante de uma chuva de aplausos da plateia. A dupla permaneceu junta ainda em Sinhá, Sem Fantasia, Biscate e Imagina, quando Salmaso deixou o palco e Chico Buarque começou com Choro Bandido o seu momento a solo.

Apesar de não interagir diretamente com os fãs durante o concerto, Chico obviamente cumprimentou o público e dispensou homenagens ao jogador Vini Jr., que recentemente foi vítima de racismo em campo e também à sua falecida irmã, a cantora Miúcha. Num dos momentos do show, o de maior interação direta, inclusive, o cantor aproveitou para brincar e “fazer piadas” com os presentes, ao dizer que deveria colocar um ecrã ou teleprompter à frente do palco para não esquecer as letras das músicas, mas aí diriam que ele não é o verdadeiro compositor das canções. Para contextualizar, isto vem de uma série de boatos que afirmavam que Chico comprava as suas canções de outros compositores. Esta é uma alegação totalmente distorcida, com base num vídeo gravado por Chico em 2006, claramente em tom de brincadeira. Para fechar o momento, Chico afirmou que não admite que digam que ele compra as suas músicas e emendou com os versos Mas posso vender, de Bancarrota Blues, levando a plateia a um verdadeiro frenesi!

De volta ao alinhamento, este contou com trinta e duas músicas e, durante as cerca de duas horas e meia de apresentação, Chico alternava algumas performances a solo como em Bastidores, Mil Perdões, Samba do Grande Amor, Futuros Amantes e Morro Dois Irmãos, com outras acompanhado de Mónica Salmaso, como em Injuriado e Uma Canção Desnaturada.

Como o concerto foi com a plateia sentada, a apresentação esteve um pouco mais calma, mas somente até ao final da primeira parte do show, já que quando Chico começou a cantar Meu Guri, seguida de As Caravanas (com parte de Deus lhe Pague) e Que Tal um Samba?, o público também animou-se. Na volta do bis, novamente com Mônica Salmaso, levaram com empolgação Maninha, Noite dos Mascarados, João e Maria e Tanto Mar, que fechou a apresentação. Neste momento das últimas canções, o público já estava de pé, com algumas pessoas inclusive a aproximarem-se do palco a dançar, fechando o espetáculo com chave de ouro.

Chico apresenta-se hoje pela segunda vez no Porto e nos dias 1, 2 e 3 de junho, em Lisboa, no Sagres Campo Pequeno. Todos os concertos já têm lotação esgotada.

Mais informações no site da Everything is New.

Por: Lívia Bueno

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