A banda lendária Black Sabbath concede coletiva no Hotel Fasano

oxxyOs gigantes do metal britânico Black Sabbath, lendas vivas da música, participaram de uma coletiva de imprensa realizada no Hotel Fasano, na terça-feira (08), para falar sobre a turnê do álbum 13 (2013) e as apresentações no Brasil. O lançamento recente marca a volta do vocalista Ozzy Osbourne ao estúdio com a banda, algo que não ocorria há 35 anos, desde o petardo Never SayDie! (1978).

A entrevista, infelizmente, não contou com o guitarrista Tony Iommi, que não se sentiu bem no dia e, inclusive, recebeu atendimento médico no local, pois está combatendo um linfoma e sua situação exige cuidados especiais. Contudo, o baixista Geezer Butler e Ozzy marcaram presença com muito profissionalismo e bom humor.

O papo começou com perguntas sobre como é estar em turnê no Brasíla esta altura da carreira e a recepção até este momento por parte da América do Sul. Ozzy responde que já esteve no país algumas vezes, mas sente que é gratificante agora poder oferecer aos fãs novas músicas, além do carinho que tem sido magnífico em todos os shows, como os que já rolaram na Argentina e Chile. “Não estamos mais jovens como antes, vivíamos um estilo de vida com sexo, drogas e rock’n’roll, mas agora é beber chá, refrigerante e voltar direto pra cama após o show”, brinca Geezer.

ozzy 2Sobre a chance de voltar ao Brasil e o futuro do heavy metal,ambos respondem que continuarão tocando enquanto os fãs irem aos shows ou até aguentarem estar no palco, pois é o que amam fazer e se sentem felizes por terem a oportunidade de ainda compartilhar com todos as músicas e emoções do rock,após todos esses mais de 40 anos de carreira. Além disso, citam que chega a ser inacreditável estarem neste patamar hoje em dia e só têm a agradecer aos fãs por toda essa alegria que lhes é proporcionada.

Falando um pouco sobre como foi o processo de elaboração do álbum 13, Ozzy diz que a diferença entre este e os álbuns anteriores é que no passado usavam muitas drogas e atualmente não.“Foi um momento bem natural e divertido, com a participação de todos os integrantes na composição das músicas”, diz Ozzy, acrescentando que realmente ficou surpreso com o resultado final, pois as músicas soavam de forma muito boa e é ótimo poder lançar algo nesse nível depois de tanto tempo. Geezer cita que para o 13 foi utilizado o menor número possível de tecnologias modernas em estúdio e gravaram grande parte do material ao vivo, a exemplo do que foi feito antigamente nos três primeiros álbuns da banda.

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Para este álbum, contaram com o renomado produtor Rick Rubin e ambos lamentam a ausência do baterista Bill Ward (que preferiu não participar da reunião), da formação original, mas que acreditam que fizeram o que era necessário, contando com Tommy Clufetos para substituí-lo, que já era conhecido por tocar na banda solo de Ozzy. “Espero que o sucesso continue no Brasil e em outros lugares”, acrescenta o Madman.

Em relação à polêmica com a troca de bandeiras na Argentina, Geezer afirma que a bandeira era do Peru, mas Ozzy simplesmente diz que, apesar de ter sido um erro, acredita que não há fronteiras na música, pois ela é universal, e colocou a bandeira nas costas de um fã, como faria em qualquer país. O lendário baixista também fala um pouco sobre o novo DVD a ser lançado no dia 26 de novembro, Live… Gatheredin Their Masses, que foi gravado na Austrália por ter sido palco do início da turnê e também acrescenta que não pretendem gravar nada no Brasil neste momento.

O encerramento da entrevista se deu com a pergunta sobre qual é a melhor e pior experiência que já tiveram no Black Sabbath, que Ozzy responde (e Geezer concorda) com a genialidade de sempre: “A melhor foi quando descobri o LSD. A pior foi quando experimentei”. Um viva às lendas do rock!

 

Texto por Gustavo Franchini

Fotos por Daniel Croce e Lívia Bueno

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