“A Recompensa” tem estreia nacional no dia 15 de maio

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Entra em cartaz nos cinemas do Brasil no próximo dia 15/05 “A Recompensa” (Dom Hemingway), filme com direção e roteiro de Richard Shepard, que traz Jude Law no papel mais diferente de sua carreira. Dom Hemingway é um excêntrico arrombador de cofres, recém-saído da prisão, que, agora, quer receber a recompensa por não ter delatado nenhum dos seus parceiros de crime. O filme tem lançamento nacional e distribuição da H2O Films.

Produzido por Jeremy Thomas, o longa conta com os atores Richard E. Grant, o indicado ao Oscar Demian Bechir, da série The Bridge, da Fox, e a estrela em ascensão Emilia Clarke, conhecida por interpretar a personagem Daenerys Targaryen na série Game of Thrones, sucesso da HBO. Ainda integram o elenco: Kerry Condon, Jumayn Hunter, Madalina Ghenea e Nathan Stewart-Jarrett. A direção de fotografia é de Giles Nuttgens.

O filme conta a saga de Dom Hemingway (Jude Law). De volta às ruas após 12 anos de prisão, Dom quer receber o que lhe é de direito por ter mantido a boca fechada. Ao lado do parceiro Dickie (Richard E. Grant), ele vai atrás de seu antigo chefe do crime, Sr. Fontaine (Demian Bichir), para reivindicar sua recompensa. Mas seu ego alimentado por bebidas e drogas pode colocar tudo a perder. Depois de um acidente de carro, percebe que sua prioridade é reatar o seu relacionamento com a filha, Evelyn (Emilia Clarke).

Mais do que um filme que fala sobre um personagem que sai da prisão e busca vingança, o longa vai a fundo na história desse personagem e suas características peculiares. Segundo o diretor, “Dom é um personagem confuso e complicado, mas também engraçado. Está perturbado, magoado, irritado, mas, no fundo, tem bom coração. Desde o início do filme, Dom represa muita raiva por causa do longo período que passou na prisão. Sua esposa morreu, sua filha rompeu relações com ele. Ele fica focado em buscar o dinheiro. Mas, apesar de toda essa incoerência, há uma empatia com o personagem”.

Para Jude Law, “Dom é um bandido à moda antiga, que vive com sua moral e suas regras”. Ele é um homem explosivo, poético e estranhamente engraçado, mas, ao mesmo tempo, pode se tornar violento e assustador. Ele é o que todos nós somos em nossa essência, esse tipo de mistura do bem e do mal, mas em um nível mais amplo.” Ainda segundo Law, a atração por Dom está ligada ao público ser capaz de experimentar todas as facetas do personagem em menos de duas horas – um estudo em tempo real. “Ele é um perdedor, na verdade. No começo do filme, ele está no fim da pena de 12 anos. Sua sentença poderia ter sido encurtada se Dom tivesse dedurado o restante dos envolvidos no assalto, mas ele ficou em silêncio”, completa.

Sobre o processo de criação do roteiro, Shepard conta que foi tudo muito rápido. Uma das primeiras cenas escritas foi a de Dom na cadeia, que acabou se tornando a cena de abertura do filme. O diretor a descreve como “Muito chocante e, espero, uma sequência engraçada. Assim que tive a ideia, comecei a escrever. O processo foi muito rápido.”

Quando perguntado sobre o porquê da nomeação do personagem como “Dom Hemingway”, Shepard reflete: “Eu gostei do nome Dom. Parecia interessante. E eu pensei em Hemingway por ter alusões a algo másculo, parecia adequado.”

Inspirado por filmes como Sexy Beast (Jonathan Glazer/2000) e The Hit (Stephen Frears/1984), ambas produções Jeremy Thomas, Shepard ficou fascinado com a ideia de fazer um filme no qual o crime era simplesmente o palco no qual o personagem revela a si mesmo.

Convidado por Shepard para assumir a produção, Jeremy Thomas deu novo impulso ao projeto, que foi financiado, filmado e editado em 12 meses. E, logo de início, Thomas percebeu que o filme precisaria de um ator de peso para assumir o papel de Hemingway.

“Pode-se dizer que é um filme sobre alguém que acaba de sair da prisão, mas é bem mais do que isso”, diz Thomas. “Para mim, ele transcende isso. É uma história contada de uma maneira peculiar, com diálogos extraordinários, diferente de tudo que eu tinha ouvido. Ele pode ser categorizado como um filme que envolve o submundo britânico, ou submundo internacional, mas, na verdade, é um filme cômico. É divertido de uma maneira um pouco chocante. Esse é o tipo de filme que me atrai bastante.”

Segundo o produtor, a escolha de Jude Law foi um grande acerto. Foi um papel diferente de tudo que havia feito anteriormente e Law se entregou completamente ao personagem, inclusive fisicamente. O diretor explica que o processo para achar o visual de Dom foi definido em conjunto. “Nós dois conversamos desde o início e eu disse: ‘Olha, você tem que ganhar algum peso. Eu quero ver suas entradas da calvície. Eu quero brincar com isso. Eu adoraria que você tivesse um pouco de instinto e acho que deveria ter um pouco de barba.” Jude completou: “Eu acho que eu deveria ter o nariz um pouco quebrado e uma cicatriz.”

Para Law, o filme foi um dos maiores desafios de sua carreira. “É estranho porque durante as leituras eu sabia que poderia fazê-lo, mas, quando Shepard me disse ‘sim’, eu me apavorei”. Shepard e Law se conheceram em um pub em Londres, onde discutiram longamente o personagem. Houve uma compreensão imediata de que os dois compartilhavam opiniões semelhantes sobre a formação do caráter de Dom.

Escrito especialmente para o ator, o papel do melhor (e único) amigo é representado por Richard E. Grant. Cabelos compridos, óculos estilo anos 70, Dickie é mais velho e, desde que Dom foi preso, parece ter parado no tempo. Grant descreve o personagem como “A ovelha negra da família, que acabou por viver uma vida mesquinha de criminoso em grande escala e, de alguma forma, ligado a Dom Hemingway”.

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