A um ano do Rock in Rio, artistas começam a ser anunciados
Daqui a exatamente um ano começa o Rock in Rio V na Cidade do Rock e algumas supresas estão sendo preparadas pela organização. O festival acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2013 e contará com algumas novidades, como um espaço para dança de rua e palcos alternativos com maior conforto. A proposta é que o público tenha nessa edição, ao menos 12 horas de festa e com artistas de sucesso.
Dos artistas confirmados, há dois duetos que já passaram pelo festival. São os casos de George Benson e Ivan Lins, além do Sepultura e Tambores do Bronx. Os anunciados se preparam para repetirem os sucessos de outras edições, como em 1985 e 2011, respectivamente. Roberta Medina, filha do idealizador do evento e uma das responsáveis pela organização, explica melhor os encontros:
– A ideia é ter encontros inusitados. Os shows do Palco Mundo são os shows de turnê. Não há flexibilidade em termos de apresentação, pois você está ali se apresentando para 85 mil pessoas. O Sunset permite que esses talentos consigam se apresentar em um formato inusitado, com mais liberdade artística e a oportunidade de interagir com outro grande talento – lembra Roberta, que já foi jurada do programa “Ídolos”, em Portugal.
Sonho de consumo do Medina, o nome de Bruce Springsteen continua como a grande promessa para o próximo ano. Após o evento de 2011, o idealizador do Rock in Rio declarou que era desejo dele trazer o americano. Bruce esteve na edição de Lisboa e foi headline do último dia, 3 de junho, onde fez um concerto com grandes sucessos e covers dos Beatles que agradaram até mesmo o cantor. Outra banda que esteve na edição lusitana e pode pintar no Rio de Janeiro em 2013 é o grupo Linkin Park. Muito elogiada pelo criador do festival, a banda ainda fará shows no Brasil em outubro.
– O grande sonho do Roberto (Medina), principalmente depois do show espetacular que ele fez em Lisboa, é trazer o Bruce Springsteen. Foi um show de 2 horas e meia que ele termina cantando ‘Twist and shout’, dos Beatles, com a plateia toda fazendo coreografia. Não precisa ser fã para gostar do show dele. É um nome que a gente gostaria muito de ter, mas ainda não está confirmado – deixou escapar Roberta, em entrevista ao “RJTV”, da Rede Globo.
A maior surpresa da última edição carioca ficou por conta da inglesa Joss Stone fora do Palco Mundo, o principal do festival. Quando foi anunciada pelo Medina como uma das atrações para 2011, gerou muita insatisfação a sua apresentação no palco Sunset, o segundo mais importante. Os que reclamavam, queriam a loirinha no palco principal. Mas o desejo dos fãs pode ser realizada para 2013. Com apresentação muito elogiada pela critica portuguesa no Rock in Rio Lisboa, a musa do R&B é aguardada.
Outras atrações que figuram no ideal de Roberto Medina são Iron Maiden e Lady Gaga. O Iron não veio em 2011 por problemas de agenda, mas em 2001, no Rock in Rio III, fizeram uma das maiores apresentações da história do evento. De tão aguardado e sucesso de crítica, virou um DVD ao vivo da banda. Já Gaga, a maior estrela Pop do momento, não veio por causa da turnê. A data do festival foi contra os rumos da mesma e a cantora virá ao Brasil ainda em 2012. Como é muito requisitada e se apresenta em diversas partes do mundo, sua chegada ao país nos próximos meses pode ser novamente um empecilho para a próxima edição do Festival.
Nomes que foram destaque na edição de número IV também podem voltar. É o caso de Katy Perry, que foi muito elogiada por Roberto Medina, sendo apontada até como o grande nome da noite do Pop, que abriu o evento. Maroon 5, que também esteve no Rock in Rio Lisboa deste ano, pode voltar. O problema dos músicos americanos é que seria o terceiro ano seguido no Brasil. Além de 2011, eles ainda tocaram esse ano no país.
Durante a divulgação do Festival para 2013, muitos especularam o nome dos Rolling Stones. Isso porque, em 2012 a banda inglesa completa 50 anos, mas como declarou o próprio guitarrista dos Stones, Richards, para os integrantes o cinquentenário só acontecerá em 2013, porque foi quando a formação atual foi fechada. Prevista a entrada dos músicos em estúdio para um disco comemorativo para o ano que vem, não seria surpresa e consagradora a vinda deles. O que pesa contra é a pouca simpatia dos ingleses com apresentações em festivais. A última apresentação deles no Brasil foi em 2006, na Praia de Copacabana, para um público de mais de um milhão de pessoas.
Já os descartados e com remotas chances de aparecerem por aqui ano que vem não são mistérios. E eles passam por renomados artistas, como Guns N’ Roses, que sofreu duras críticas do Roberto Medina por causa do antiprofissionalismo do vocalista Axl Rose. Além de um atraso de mais de duas horas, o cantor só chegou para cantar horas antes do início do show. Outro que não guarda boas lembranças é Elton John, que não agradou ao organizador e chegou a dizer que o Sir fez apenas um show apático.
Novidade confirmada mesmo é a Rock Street reformulada. Ao contrário do cenário que reproduzia os espaços públicos e históricos de Nova Orleans, o Rock in Rio em 2013 levará ao público o Street Dance, como é chamada a dança de rua. O palco será inspirado nas ruas de Nova York, onde a dança de rua teve mais destaque e se popularizou. Além de uma série de apresentações, o palco também conta com um concurso internacional, que já começou em Lisboa e teve boa recepção.
A música eletrônica novamente ganhará local próprio. Pelo menos é essa a intenção da organização do Festival, que mantém a ideia do circuito com espaço lounge e praça especial. O ritmo tem vez desde a edição de 2001, quando iniciava os espetáculos musicais e aquecia o público durante a parte da tarde. O espaço de lazer que ganhou grande visibilidade graças a tirolesa, está confirmada. A roda gigante e montanha-russa ainda estão sendo discutidas, pois Medina deseja maior conforto do público.
Os ingressos, segundo a organização do evento, sofrerão um pequeno reajuste com relação aos da última edição e o público reduzido de 100 mil para 80 mil diariamente.
Por Bruno Guedes