“Arrow” chegou para ficar
“Sensacional” define o primeiro episódio de Arrow, ação dramática que a Warner Channel estreou no Brasil na última segunda-feira (22). A série baseada nas HQs do Arqueiro Verde, sucesso desde os anos 40, se sobressaianto pelo enredo pungente quanto pela exatidão do roteiro e a qualidade da direção. Não por acaso, a transmissão deste mesmo episódio nos EUA rendeu ao canal CW a maior audiência de estreia desde 2009.
A trama de Arrow gira em torno de Oliver Queen (Stephen Amell), um jovem herdeiro que, dado como morto em um naufrágio, é reencontrado vivo em uma ilha cinco anos depois. Trazido de volta à elite luxuosa de Starling City, Oliver já não é a mesma pessoa: o mauricinho irresponsável deu lugar a um homem compenetrado e misterioso, com sede de justiça contra os que destruíram a cidade e a vida de seu pai, falecido no naufrágio. Isso leva Oliver a assumir uma vida dupla: de dia, finge levar a mesma vida fútil de antes, mas à noite se transforma no Arqueiro Verde, herói mascarado que zela pelo bem-estar de Starling e a punição dos malfeitores.
Poucos roteiristas conseguiram reunir tantos acontecimentos importantes em um único episódio sem cair na superficialidade – e trio Andrew Kreisberg, Marc Guggenheim e Greg Berlanti o fez magistralmente. Os diálogos são bem-bolados e sagazes: passam a devida emoção, delineiam cada um dos personagens centrais e ainda deixam ganchos importantes para a continuidade da trama. As cenas de ação são bem executadas, os flashbacks pertinentes e muito bem encaixados. A aura de suspense permeia toda essa ação, aumentando sua força dramática. A cenografia é de um bom gosto esmerado, sobretudo a mansão dos Queen. Resumindo: é impossível assistir ao piloto e não se apaixonar pela série.
Talvez seja cedo para dizer, mas Arrow aparentemente tem tudo para se tornar um dos grandes sucessos da telinha nos próximos anos. Um prato cheio para os fãs de séries como Smallville, mas também para qualquer apreciador da dramaturgia de qualidade.
Por Felipe Brandão.
