Between the Buried and Me vem pela primeira vez ao Brasil em março de 2020

A banda norte-americana Between the Buried and Me, mundialmente consagrada há duas décadas devido à inusitada mistura de progressivo com elementos de diversas vertentes do heavy metal (do rock ao death metal), além de jazz e até de música eletrônica, enfim anuncia a estreia no Brasil. Com show único dia 15 de março de 2020 em São Paulo, o Fabrique Club receberá a sexteto com sua turnê especial em que executam, numa mesma noite, dois diferentes sets. A realização é da Powerline.

Moderno, pesado, às vezes introspectivo, mas sempre extremamente virtuoso e criativo, o Between the Buried and Me nunca se repete e propõe uma viagem sonora a cada música, por meio de brilhantes e bem encaixados dualismos: da calmaria ao caos, da tensão à redenção, e da vagarosidade a velocidades incríveis – as mudanças rítmicas e compassos são constantes. Tem guitarras distorcidas, melodia, agressividade, mas tem guitarras limpas, dedilhados e sutis, uso constante de teclados, junto a vocais limpos e passagens com guturais.

Apresentar dois diferentes sets numa mesma noite pode soar excêntrico, mas não para uma banda como Between the Buried and Me, que sempre fugiu de padrões e abusou de experimentações e misturas ao longo dos 20 anos de história. Trata-se de uma ótima solução para, numa primeira vez no Brasil, tocar músicas de distintas fases da excepcional e diversificada discografia – são 10 discos de estúdio, três ao vivo e um EP (com 30 minutos de música!). As músicas são tocadas em ordem cronológica.

Em entrevista a uma mídia europeia no começo deste ano, sobre a turnê mundial com dois sets, o baixista Dan Briggs explica que optar por uma apresentação mais extensa justamente neste momento da carreira é uma forma da banda explicar a própria evolução ao longo dos anos. “Às vezes, entender a dinâmica do Between the Buried and Me reside em respirar nova música e exalar material antigo”.

O baixista ainda assegura aos fãs que esta é a oportunidade experimentar a imersão sonora da banda: existe uma coesão ímpar na forma como constroem o repertório duplo com músicas de 2002 a 2019, em alusão ao primeiro disco, homônimo, e ao último lançamento Automata II, passando pelo conceitual e inspirado Coma Ecliptic, o monumental e cultuado The Great Misdirect e o intrincado Alaska.

Não resta dúvida de que uma apresentação ao vivo do Between the Buried and Me dia 15/3/2020 é, especialmente, para fãs de música complexa e reflexiva, feita por músicos talentosos e minuciosos. Um deleite para fãs de Dillinger Escape Plan, TesseracT, Opeth e Devin Townsend Project.

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