Bob Dylan regressa ao Porto para mais uma apresentação memorável
Na noite do dia 2 de junho, o Coliseu do Porto recebeu a lenda norte-americana Bob Dylan, que apresentou-se num concerto estonteante para a casa lotada. O artista, que além de cantor é também compositor, ator, pintor, artista visual e escritor, recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 2016 por ter criado novos modos de expressão poética no quadro da tradição da música norte-americana.
Como já é habitual nas suas apresentações há alguns anos, o público esteve impedido de utilizar os telemóveis, que eram lacrados logo na entrada do recinto. A ideia é mesmo proporcionar um concerto livre de distrações e com o maior aproveitamento possível por parte dos fãs. Inclusive, também não foram permitidas fotografias feitas pelos fotógrafos dos meios de comunicação.
Assim, às 20h em ponto fez a sua aparição no palco do Coliseu , juntamente com a sua banda, e, diretamente do seu piano abriu com Watching the River Flow. Sua voz essencialmente especial se fez mais entoada e limpa a partir da terceira canção I Contain Multitudes e assim se firmou até ao final do concerto, que seguiu sem pausas e no ritmo mais perfeito, a alegrar a noite dos fãs que se fizeram presentes.
Quanto ao setlist, já se sabia que não contaria com as músicas “famosas mais antigas”, pois o próprio Dylan disse que não as canta mais. Porém, agraciou os fãs com uma diversidade de novas canções dentro do seu repertório dos últimos anos. A base de seu estilo musical, que tem raízes no folk norte-americano, leva riqueza aos ritmos com sua voz e banda em total harmonia. Assim, canções como False Prophet, I Will be Your Baby Tonight, Gotta Serve Somebody e That Old Black Magic contribuíram para uma noite inesquecível na cidade do Porto.
Com toques de blues, finalizou o concerto com a canção
Every Grain of Sand, quando foi à beira do palco para receber os aplausos do público, acompanhado pelos talentosos membros de sua banda.
Por: Tatiana Rimes