“Boca do lobo” tem apresentações nos dias 24, 25 e 26/08, no projeto Dança Gamboa

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Com trilha musical que inclui Tchaikovsky, Enio Moriconi, Elis Regina, The Supremes, o espetáculo de dança contemporânea “Boca do Lobo” traz cinco bailarinos que apresentam movimentos extenuantes. A montagem da Renato Vieira Companhia de Dança tem apresentações no Galpão Gamboa, através do projeto artístico Dança Gamboa, nos dias 24, 25 e 26 de agosto (sábado, às 21h; domingo e segunda, às 20h).

Após o sucesso de público e crítica do espetáculo “Riotornelo”, Renato Vieira e Bruno Cezarioretomam a criação tendo como tema o “risco”. Em movimento, o tema é explorando numa interligação pulsante entre dança, artes plásticas e moda, dando ênfase a um dinâmico processo colaborativo com artistas do eixo Rio-São Paulo. Em cena, por uma hora, seis intérpretes apresentam movimentos extenuantes – cada bailarino chega a extrapolar seu limite de oxigenação, de articulação, enfim, de dança. Boca do Lobo é o 21º espetáculo da Cia, formada hoje por Bruno Cezario, Soraya Bastos, Lavínia Bizzotto, Fabiana Nunes, José Leandro e Tiago Oliveira.

Existem cinco estruturas diferentes para o espetáculo, assim como diversas possibilidades de figurinos, feitos exclusivamente para a ocasião e realizados pelas grifes Neon (SP), Osklen (RJ), Blue Man (RJ), em parceria com Felipe Veloso, além de criações da figurinista Sonia Tomé (RJ).

“Estar na boca do lobo é uma expressão antiga que resume bem o que queremos abordar. Correr risco é algo universal. Queremos dançar e mostrar a potência humana ao se lançar em queda livre em situações arriscadas, às vezes até condenando a própria vida. Em nossa pesquisa entram várias referências e unimos gerações diferentes, a minha e a do Bruno, cada qual com sua representação desta via de perigo. No roteiro, lembramos da Elis Regina em ‘Dois pra lá, dois pra cá’”, destaca Renato Vieira.

Bruno Cezario também observa fatores na pesquisa de linguagem. “A violência das cidades, o consumo de drogas, o sexo sem camisinha, tudo um pouco levou a gente a pensar neste espetáculo. Como cantou Renato Russo, na canção ‘Há tempos’, ‘parece cocaína, mas é só tristeza”, lembra Bruno, apontando o duplo sentido do projeto.

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