Cancelado em 2020, Eurovision começa nesta terça; saiba onde assistir

Por Bruno Guedes

Cancelado em 2020 por conta da pandemia da COVID-19, o Eurovision regressa para a sua 65.ª edição. A primeira semifinal do festival acontece nesta terça-feira, 18, em Roterdã, na Holanda, às 15h (horário de Brasília). Dois dias depois será a segunda semifinal. Já no sábado acontece a grande final. Mais uma vez o canal oficial do concurso transmitirá ao vivo para todo o planeta.

A cidade holandesa foi escolhida como sede ainda em 2019, após a vitória da Holanda com o tema “Arcade”, interpretado por Duncan Laurence. Entretanto, após a Europa mergulhar numa severa onda do coronavírus no ano seguinte, a edição foi cancelada semanas antes do início.

Ao todo, 39 países disputam o troféu mais cobiçado da música europeia. Serão duas semifinais, onde 33 intérpretes competem (16 na primeira e 17 na segunda). Vinte países são classificados, sendo dez em cada uma, respectivamente. Os chamados ‘Cinco Grandes’ (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Holanda) entram diretamente na final por serem os maiores financiadores do Eurovision.

Na primeira semifinal competem Lituânia, Eslovênia, Rússia, Suécia, Austrália, Macedônia do Norte, Irlanda, Chipre, Noruega, Croácia, Bélgica, Israel, Romênia, Azerbaijão, Ucrânia e Malta. Já na segunda, além de Portugal, São Marino, Estônia, República Checa, Grécia, Áustria, Polônia, Moldávia, Islândia, Sérvia, Geórgia, Albânia, Bulgária, Finlândia, Letônia, Suíça e Dinamarca.

Os ensaios na última semana foram considerados satisfatórios e apontaram novos favoritos. De acordo com as bolsas de apostas e parte da imprensa que acompanha o festival, Itália, França e Malta são as candidatas ao título.

Covid-19 vem causando problemas ao Eurovision

Contudo, mesmo com medidas de segurança sanitária, alguns casos de Covid-19 causaram problemas à organização. Segundo o festival, pessoas nas delegações de Islândia e Polônia testaram positivo para o coronavírus. Deste modo, Malta e Romênia foram afastadas da cerimônia de abertura por estarem no mesmo hotel.

Já a Austrália, por seguir medidas extremas de combate à pandemia, proibiu os representantes do país de viajarem para a Holanda. Portanto, de acordo com o Eurovision, a apresentação australiana deve ser gravada. Não há, até o momento, detalhes de como será a operação junto aos demais.

Além das rígidas regras sanitárias, a presença de público e imprensa também foi limitada. Durante os ensaios, além de testagem, os presentes estiveram em número reduzido. Espera-se um controle ainda maior durante as semifinais, consideradas “grandes testes” para os organizadores.

“Quanto tomamos a decisão de tentar unir todos aqui em Roterdã, sabíamos que a pandemia infelizmente ainda estaria por aí. Estamos fazendo tudo que podemos para minimizar o impacto dela”, disse Martin Osterdahl, o supervisor executivo do concurso, à Reuters nesta segunda-feira.

Brasil já teve representantes no Eurovision

Apesar de ser realizada na Europa, não são raros os casos de representantes de outras nacionalidades cantando no palco do Eurovision. Foi o que aconteceu recentemente com a brasileira Laura Rizzotto. Carioca de 26 anos, em 2018 ela representou a Letônia no festival por ter dupla cidadania.

Laura ganhou o direito de participar do 63ª Eurovision após vencer o Supernova no país. Com a música “Funny Girl”, a jovem brasileira de sangue europeu tentou ser a segunda representante da Letônia a conquistar o tradicional concurso. A primeira foi Marie N, em 2002, com “I Wanna”. Entretanto, acabou não se classificando à final.

Além dela, outros cantores do Brasil já participaram do Eurovision sob outras bandeiras. Casos de Miriam Christine Borg, de Goiás, que representou Malta em 1996.

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