Cartas para Gonzaguinha no Teatro Riachuelo

Espetáculo realizado pelo Ceftem tem direção de Rafaela Amado, direção musical de João Bittencourt e pesquisa e assistência geral de Nanan Gonzaga
O que é a vida? Em pleno fim da ditadura militar, trabalhadores de uma fábrica se deparam com a pergunta, posta por Gonzaguinha na grande mídia. As respostas mais criativas se tornarão versos de uma nova música. Esse é o ponto de partida de “Cartas para Gonzaguinha – O Musical”, que reestreou dia 02 de agosto no Teatro Riachuelo, no Centro do Rio.

O espetáculo mescla músicas consagradas e algumas menos conhecidas de Gonzaguinha. A realização é do Centro de Estudos e Formação em Teatro Musical (Ceftem). A direção cênica e de movimento é assinada por Rafaela Amado, e a direção musical por João Bittencourt (que é idealizador do projeto). A cantora e filha de Gonzaguinha, Nanan Gonzaga, é responsável pela pesquisa e participa, também, como assistente geral. O texto é de Tiago Rocha.


“Cartas para Gonzaguinha” é uma obra de ficção que se ambienta no Brasil do início da década de 80. A retomada da democracia avança lentamente pelo país, mas as lutas sindicais ainda encontram forte repressão. Os personagens que povoam essa história foram batizados com os nomes que constam na poética de Gonzaguinha: José, João, Solemar, Geraldina, entre outros.


Os trabalhadores lutam para garantir o salário, e quem sabe, garantir um pouco mais do que só o feijão. Mas um escândalo de corrupção envolvendo o dono da fábrica desestabiliza o negócio, e traz à tona o tão temido fantasma da demissão. Cumprindo horas extras não remuneradas, os operários se articulam. Alguns vão para o olho da rua, e outros podem encontrar um destino ainda mais sórdido.


Em meio a essa luta e a condições precárias de trabalho (e de vida), resiste a possibilidade de refletir sobre o que é a vida. Respondendo ao chamado público de Gonzaguinha, cada um dos trabalhadores responde, por escrito, à pergunta: “o que é a vida para você?”. Eles têm a esperança de serem escolhidos pelo compositor, que sempre teve como matéria-prima de seu trabalho o ser humano em sua essência mais pura.
– Gonzaguinha era humano. Queremos trazer a simplicidade do olhar dele quando fala das pessoas do cotidiano – pontua o diretor musical João Bittencourt.

Data: 02 a 25 de agosto
Sessões: Sexta e Sábado às 20h / Domingo às 19h
Vendas: Plateia VIP – R$ 60,00(inteira) R$ 30,00 (meia) / Plateia – R$ 50,00 (inteira) R$ 25,00 (meia) / Balcão Nobre e Balcão – R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia) 
Classificação: 16 anos
Duração: 120 minutos

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