Coluna Novo Som: Zerzil

Foto por Augusto César

O cantor mineiro radicado no Rio Zerzil aparece somente de toalha se preparando para uma festa, nobanheiro, e cercado de cosplays no clipe de “Dragão”, música de trabalho do seu álbum de estreia, “ZZ”, que chega às plataformas digitais no próximo dia 7 de julho. “Dragão” mostra como o amor próprio também é uma forma de empoderamento, com o cantor em frente a um espelhocercado de cosplayers de Coringa, Shiemi Moriyama e Yukio Okumura, do desenho animadoBlue Exorcist , treinadora pokémon, diva pop e aluno de bruxaria . “Os figurantes que aparecem no refrão representam a beleza de expressar a verdade de cada um. Você pode ser o que você quiser, o que você acreditar, homem, mulher, um personagem… ou até mesmo um dragão”, resume Zerzil.

Dragão é uma música que versa sobre o amor próprio, sobre ter orgulho de ser quem você é,da sua história, do que te trouxe até aqui. “Numa análise nietzschiana, a música representa a criança que brinca, representa a autossuficiência do amor próprio, não que não precisemos de mais ninguém para viver, pois vivemos em sociedade e isso dá um sentido maior para as nossas vidas, mas é o entendimento de que amar a si, com todas as suas qualidades e falhas, é o que lhe confere poder. Esse amor próprio é a principal forma de empoderamento, um empoderamento universal, independente de raça, gênero, classe ou orientação sexual.”, explica o artista.

O clipe de “Dragão”, traz o artista se encarando frente ao espelho. “A ideia do espelho veio porqueé o momento quando a gente se olha, se encara, e tem duas opções: ou você não gosta do que vê e foge do espelho ou você se olha e se ama. O banheiro é o local onde você tradicionalmente ficaprotegido, isolado, onde você está sozinho e se permite cantar, gritar, dançar, fazer caretas, porque ninguém está olhando.”

Os figurantes que aparecem no refrão fazendo cosplay de personagens representam exatamente a beleza de expressar a verdade de cada um. O dragão é um símbolo de magia, de poder, mas ao mesmo tempo também é um símbolo do diferente, do estranho, porque é uma mistura incomum, um réptil com asas; ao mesmo tempo que é um herói em muitas histórias, em outras é o vilão.

Zerzil é mineiro de Montes Claros e se formou em música em 2011, pelo Conservatório Lorenzo Fernandez. Começou a carreira fazendo shows em barzinhos, no estilo violão e voz, até formar a primeira banda, a Le Cabaret, que durou até 2013, quando se mudou para Rio para seguir seusonho de viver de música. Aprofundou seus estudos de canto, pela Berklee e por meio dos preparadores vocais Suely Mesquita e Felipe Abreu. Nessa época, o tapete da sala da sua casavirou palco para animados saraus de música, e ele integrou o coletivo de artistas Cavalo Preto, quando conheceu e conviveu com os músicos da sua geração.

Zerzil estava trabalhando em um álbum, nos anos de 2014 e 2015, quando percebeu estar insatisfeito com a sonoridade mais afeita à música popular. Incentivado pelo seu produtor musical, na época, oEugenio Dale, ele escreveu, em uma folha de papel, 10 tópicos que norteariam a criação de “ZZ”,seu álbum de estreia. “Cada um daqueles tópicos representaria uma música do disco, ainda sem nome, mas eram as ideias, as sementes das músicas que eu iria compor nos próximos meses e que contariam uma história, a minha história.”

Nesta nova fase, Zerzil foi influenciado artisticamente por nomes que vão de Andy Warhol a J. K. Rowling, de Almodóvar a Xuxa, ele traz para o seu trabalho elementos de Stromae e Lady Gaga, Tom Zé e Raul Seixas, Years & Years e Mamonas Assassinas.

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