Com “7/27”, Fifth Harmony mostra que a fórmula do sucesso é não inventar
Fenômeno teen do Pop, o Fifth Harmony lançou na última sexta-feira, 27, o seu segundo álbum de estúdio intitulado de “7/27”. Sem cerimônias, as meninas, que se formaram no reality X-Factor nesta data e assim intitularam o trabalho, não se preocupam em misturar ritmos, estilos ou introduzir novos elementos. Usam e abusam quase que somente da velha fórmula do gênero que tanto fez sucesso nos últimos 20 anos.
Se Rhianna, Katy Perry e tantos outros cantores do cenário tentam misturar batidas psicodélicas, jazz, reggae e afins, o quinteto de Miami não tá nem aí para isso. Querem é manter o nicho consagrado pela batida pop tradicional, o mesmo que nos anos 90 consagrou Spice Girls, Backstreet Boys, N’Sync… mas atualizado. Junte-se a isso uma gama de fãs apaixonados pelas cinco jovens, o resultado é o sucesso.
Se você é purista e amante do “som roots da música”, esqueça o disco. Mas se você quer curtir um som jovial e se divertir, deixe-o tocar e entre no clima. O CD começa com uma sequência dançante de “That’s My Girl”, “Work from Home” e “The Life”. Parecemos ter ouvido isso diversas vezes em outros artistas. E ouvimos. Mas nem por isso deixa de ser atual.
Repleta de mensagens feministas nas seguintes, “Write on me” lança já uma pegada mais trabalhada nos vocais, com melodia que nos faz querer ouvir novamente, é um dos destaques do álbum. “I lied”, apesar de manter um estilo antes apresentado, foge um pouco à qualidade. Mas a “All in my head” traz de volta o estilo de pista de dança e as batidas cativantes.
Depois da sequência agitada, vem a tranquilo “Squeeze” para os ouvintes relaxarem e apreciarem as vozes que ficarem em terceiro lugar no reality show dos Estados Unidos. Mas “Gonna Get Better” volta às batidas fortes de pop/hip hop que tanto fazem sucesso na terra do Tio Sam. Assim como “Scare of Happy”, a música tem característica particular, com elementos melódicos que brincam com a letra e falsetes.
“Scared of happy” e “Not That Kinda Girl” mantém as nuances que ditaram todo o trabalho, sempre com letras simples e objetivas, mas que agradam os ouvintes. Desta vez, até um rap aparece. “Dope” e “No Way”, esta última candidatíssima a singles, já baixam o clima agitado e terminam o álbum com as meninas soltando os vozeirões e como se falasse pelas tantas e tantos que as ouvem.
“7/27” não é uma obra prima e muito menos vai pegar os mais exigentes pelo ouvido, mas tem a fórmula nada secreta para o sucesso. Tem um som dèjá vu, só que com cinco vozes poderosas.