Comemoração fora de época com o Flogging Molly
Texto: Alessandro Iglesias
Fotos: Nathan Thrall (Flogging Molly)
Alessandra Tolc (Brothers of Metal)
Apesar da galera que desde cedo já se aglomerava na frente do Teatro Rival estar fazendo o seu “Saint Patrick Days” (São Patricio, um dos padroeiros da Irlanda, dia comemorado em 17 de março tradicionalmente a base de muita cerveja!) fora de época, o FLOGGING MOLLY é uma banda californiana, o que poucos sabem, pela sua associação inusitada e bem humorada de punk rock com ritmos celtas. Isso os faz serem automaticamente irremediados a essa comemoração “religiosamente etílica”! As letras também acabam permeando por esse caminho festivo e foi isso que atraiu fãs fidelíssimos (bêbados ou não) em plena noite de terça-feira. Os BROTHERS OF BRASIL não podiam ser a atração mais perfeita para a abertura, por ter um som deveras experimental (meio Bossa Nova e Rock’n’roll, como diria CAZUZA) e ao mesmo tempo empolgante, mas também por ter em sua formação o folclórico SUPLA, que todos sabemos que é uma figuraça! Mesmo com o pouco tempo do show, o trabalho dos irmãos Suplicy tem gás e merece seguir adiante com louvor. Quando o FLOGGING MOLLY pisou no palco, a bebedei…, quer dizer, A FESTA já tinha começado há tempos!!! O energético e peculiar som do grupo provocou muitas “rodas de fogo” gigantescas, cerveja sendo jogada para o alto, pessoas também, aquele clima caótico, mas agradável ao mesmo tempo. Todos da banda pareciam muito surpresos com a reação “220 volts” do público carioca.
Pequenas curiosidades: o vocalista irlandês (sim, alguém na banda tinha que ser!) DAVE KING, liderou as fileiras do FASTWAY, grupo de metal da década de 80 liderado pelo guitarrista BRIAN ROBERTSON (ex THIN LIZZY e MOTORHEAD) e que aqui no Brasil ficou conhecido pela música tema do seriado “Armação Ilimitada”; além de violino, acordeom e bandolim, a banda experimenta toda a sorte de instrumentos exóticos possíveis; ecos de ska-punk dos anos 90 são sentidos nessa mistura sonora. Uma coisa é certa, apesar da banda não ser muito conhecida em território brasileiro, ficou bem percebido nessa noite no centro da cidade do Rio de Janeiro que tem bastante potencial e talento para angariar novos fãs por aqui. Ainda mais com a popularização do dia do padroeiro irlandês (mesmo não falando a língua inglesa como também reza a tradição) em terras tupiniquins, com cada vez mais eventos criados para bebemorar a data e automaticamente, o FLOGGING na trilha sonora. “Drunken lullabies”, “Beer, beer, beer”!!!!
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