Confira uma entrevista exclusiva com o sambista Leandro Sapucahy
Líder do Sapucapeta, diretor musical do programa Esquenta e produtor, o sambista Leandro Sapucahy faz de tudo um pouco. Fique pode dentro de carreira do músico e o que está por vir na entrevista exclusiva para o Cult Magazine:
Você é um músico completo, que canta, produz e compõe. Como tudo isso começou?
A música entrou na minha vida de forma muito natural. Cresci ouvindo os discos de bossa nova do meu pai… Minha mãe ficava cantarolando pela casa os clássicos que ouvia na Rádio Nacional. Em casa eu brincava de fazer música com tudo o que existia… Qualquer coisa poderia virar instrumento. Comecei a tocar com outros músicos quando era adolescente e me profissionalizei aos 16 anos, quando entrei como percussionista no “Água na Boca” – um grupo de pagode que depois virou o Bokaloka. A partir daí não parei mais.
O projeto Sapucapeta surgiu e parceria com a estilista Isabela Capeto e rapidamente recebeu grande aceitação do público em todo o Brasil. A que você atribui esse sucesso?
O Sapucapeta é uma big band… Tocamos todos os ritmos, os sucessos que o público gosta de ouvir, as músicas que são os hits do momento. No nosso show as pessoas cantam e dançam do início ao fim. Acredito que esse seja o segredo do sucesso, que nem é muito segredo: A gente toca o que as pessoas gostam de ouvir quando saem para curtir a noite.
Já vimos uma declaração onde você explica que o público do Leandro Sapucapeta é A e B totalmente diferente do público do cantor Leandro Sapucahy. Como é produzir para classes sociais tão distintas?
Acho que essa divisão ficou muito marcada no início. Mas a música não tem fronteiras! Quem ouve o Sapucapeta também ouve o “Leandro Sapucahy” e vice-versa. Eu não produzo para classes distintas, produzo para carreiras distintas. Na carreia solo sou mais sambista, mais engajado… Já no Sapucapeta tudo é festa.
Pelo seu trabalho conseguimos ver uma conexão com as comunidades cariocas. Você é integrado a algum projeto social? Faz algum tipo de ação nas favelas do Rio de Janeiro?
Eu prefiro atuar de forma independente nestes casos e sem fazer muito alarde. Procuro sempre ajudar àqueles que necessitam da melhor forma.
Você é o diretor musical programa “Esquenta”, um grande sucesso da TV, e está semanalmente em contato com o público através da telinha. De que forma isso contribui para sua carreira?
A TV tem uma abrangência muito maior. A gente entra na casa das pessoas… Mostra a cara… Algumas pessoas nunca tinham me visto. Tinha gente que achava que eu era mais velho! A TV também aproxima mais, aumenta a curiosidade. Algumas pessoas se interessaram pela minha carreira após o programa e quem já curtia o meu trabalho passou a almoçar assistindo o Esquenta. E eu gosto muito do trabalho que temos realizado no programa.
Como é fazer constantes parcerias com pessoas que influenciaram sua carreira?
É sempre uma grande honra e um aprendizado constante.
Você já trabalhou na produção de álbuns de sucesso como ”Samba Meu” da Maria Rita, tem um histórico como compositor e recentemente começou a explorar seu talento de cantor. Como está sendo conciliar o lado produtor, compositor e cantor?
Acho que eu não concilio… Eu vivo isso. São momentos que se integram. Posso, por exemplo, começar a manhã gravando meu trabalho, emendar logo depois com a produção de algum artista e no meio disso tudo ter uma ideia para uma nova composição. Não segue uma divisão entre ser uma coisa e outra.
Foi divulgado que você está trabalhando no DVD “Favelas Brasil 2”, onde as 22 faixas formarão uma história composta de 22 “cenas musicais”. Explica melhor como funcionará a dinâmica desse projeto. E quando ele será lançado?
Quero fugir um pouco dessa coisa do DVD de show gravado. Já tive essa experiência duas vezes e agora quero fazer algo diferente. Ainda estou em processo de planejar como tudo será feito… O que posso adiantar é que cada música dará o tom de uma pequena história, como se fosse clipes ou cenas. A minha previsão é lançar no primeiro semestre de 2014.
Para encerrar nos conte. Quais os planos para o futuro? O que podemos esperar de novidade?
Atualmente estou em turnê pelo país com o Sapucapeta, minha big band, divulgando o CD e DVD Baile do Sapuca. Neste projeto toco os hits que a galera mais gosta de ouvir e fazemos uma verdadeira festa de todos os ritmos. É onde acabo mostrando meu lado mais descontraído, interagindo mais com o público e meus convidados no palco. Passaremos por Recife, Vitória, São Paulo, Belém, entre outras cidades. No dia 1º de junho retornamos ao Rio para o nosso Arraiá no Monte Líbano. Simultaneamente, já estou gravando as bases para o meu novo DVD solo que receberá o título “Favela Brasil II – Soldado do Samba”. Pretendo lançar este trabalho no primeiro semestre de 2014.
Por Gláucia Xavier