Em carta, Adele fala sobre o nome do seu novo disco e pede desculpa aos fãs pela demora
Como o Cult Magazine adiantou com exclusividade no último domingo, 19, o novo álbum da Adele se chama “25”. Em carta aberta aos fãs divulgada no Twitter, a cantora fez menção ao trabalho que será lançado em novembro e pediu desculpa aos fãs pela demora. De acordo com a britânica, seu último disco era sobre um “rompimento” e, a demora, a fez amadurecer e ver que “precisava continuar”. Os números que marcam seus álbuns, como “19” e “21”, são referências às idades da cantora quando o lançou. E esse traço de preocupação com a idade constantemente é bem presente na carta e também nas palavras que cercam seu desejo contínuo de sempre parecer mais velha.
Segundo Adele, que com autorização e auxílio do Twitter modificou seu perfil para @Adele e já conta com mais de 23 milhões de seguidores, agora que ela está entre “o limite da adolescência e idade adulta” a fez decidir o que quer da vida. Mostrando bastante sentimentalismo, que pode ser sentido também nas letras das suas canções, a britânica não escondeu a frustração por tanto tempo de demora para lançamento de um novo trabalho. Justificando o tempo, disse que “eram coisas da vida”.
Este será o terceiro álbum da inglesa. Os outros dois foram “19” e “21”, lançados em 2008 e 2011, respectivamente, fazendo menção sobre idade que tinha à época. Durante este intervalo musical de quatro anos, Adele foi mãe e também vencedora do Oscar de Melhor Canção Original e Globo de Ouro com “Skyfall”, em 2013.
CONFIRA A CARTA NA ÍNTEGRA
“Quando eu tinha sete anos, queria ter oito. Quando tinha oito anos, queria ter 12. Quando completei 12 anos tudo o que eu queria era ter 18. Depois disso, parei de querer ficar mais velha. Agora minto dizendo que tenho de 16 a 24 na esperança de ser convincente! Parece que passei minha vida, até agora, querendo que ela passasse rápido demais. Sempre desejando estar mais velha, desejando ser outra coisa, desejando que eu pudesse lembrar e desejando que eu pudesse esquecer também. Desejando não ter estragado tantas coisas boas porque eu estava assustada ou entediada. Querendo não levar tudo ao pé da letra o tempo todo. Desejando conhecer melhor minha bisavó e desejando não me conhecer tão bem porque isso significa que eu sempre sei o que acontece no final. Desejando que eu não tivesse cortado meu cabelo, desejando ter 1,70m de altura. Desejando ter esperado e me apressado ao mesmo tempo.
Meu último disco foi sobre um rompimento e, se eu tivesse que classificar este, diria que é um álbum fala de reatar relacionamentos. Estou fazendo as pazes comigo mesma. Compensando pelo tempo perdido. Compensando por tudo o que fiz ou pelo que nunca fiz. Compensando pelo tempo perdido. Compensando por tudo o que fiz ou pelo que nunca fiz. O que está feito, está feito. Fazer 25 anos foi um ponto de virada para mim, um tapa no meio dos 20 anos. Estar no limite entre ser uma adolescente em idade avançada ou uma adulta completa me fez decidir ser quem eu serei pelo resto da vida sem um caminhão de mudança lotado com minhas velharias. Eu sinto falta de tudo do meu passado, o bom e o ruim, mas apenas porque não posso voltar atrás. Quando eu estava lá, queria sair. Tão típico. Estou aqui falando sobre ser adolescente, sentar e falar bobeiras, sem ligar para o futuro, porque naquela época ele não tinha a mesma importância que tem hoje. Poder ser irreverente sobre qualquer assunto sem que haja consequências. Até mesmo seguir e quebrar regras… é melhor do que fazê-las.
O 25 fala sobre conhecer a pessoa que me tornei sem nem perceber. E me desculpem por demorar tanto, mas, como vocês sabem, são coisas da vida.
Com amor,
Adele”
* Tradução por Amanda Faia com auxílio de Olavo Domingues