Espetáculo ‘Chuva’, do grupo Tábula Rasa, estreia em dia 19 de julho no ‘Espaço Abu’
Por mais de um ano, o grupo carioca Tábula Rasa estudou várias facetas do isolamento humano por meio das palavras do premiado escritor Luiz Vilela: a solidão, o medo, o ódio e a falta de comunicação. O trabalho resultou no espetáculo ‘Chuva’, que volta ao cartaz, em 19 de julho, e marca a abertura do Espaço Abu: sala multiuso em Copacabana construída pelo grupo, que vai receber projetos de artes cênicas, literatura, cinema, fotografia e música.
Com direção de Felipe Vasconcelos, Chuva é adaptação de cinco contos de Vilela: ‘Com os seus próprios olhos’, ‘Mosca morta’, ‘Vazio, Solidão’, além da obra que dá título à peça. Em cena, estão Vasconcelos, Beatriz Castier, Ana Gawry (os três sócios do Espaço Abu) e Carlos Emílio Jacuá. Este é o segundo espetáculo montado pelo Tábula Rasa, grupo que foi fundado em 2012 com o objetivo de levar à cena espetáculos focados no trabalho do ator, no drama e na palavra. O primeiro foi o elogiado ‘O Chefe de Tudo’, de Lars Von Trier, que ficou em cartaz no Rio em 2013 e 2014. Chuva estreou em 2016 e fez uma temporada no Teatro Candido Mendes.
Com cenografia de Aurora dos Campos e iluminação de Tomás Ribas, o espetáculo tem uma atmosfera densa, na qual os contos se interligam pelas conversas íntimas dos personagens, que deixam o espectador sempre em suspense sobre as motivações e os sentimentos de cada um deles.
“É impressionante a excelência do diálogo na obra do Vilela. São textos que falam do cotidiano das pessoas, em conversas simples, mas, a partir dessa simplicidade aparente, pode-se aprofundar nos abismos complexos e perturbadores do ser humano”, analisa o diretor.
Sinopse
A partir de cinco contos do premiado escritor mineiro Luiz Vilela, o grupo Tábula Rasa mergulha em temas como a solidão humana, o medo e a falta de comunicação, deixando o espectador sempre em suspense sobre as motivações e os sentimentos de cada personagem.
Contos
Com os seus próprios olhos: Um aluno é convocado a comparecer ao gabinete do diretor do colégio para tratar de um episódio delicado.
Mosca morta: Numa noite de chuva, um homem aparece de repente num bar e tem com outro um diálogo tenso a respeito de algo que aconteceu no passado.
Vazio: Uma mulher tenta entender por que o marido, sem explicação, chegou em casa antes do fim do expediente.
Solidão: Uma mulher solitária faz, sem avisar, uma visita a um casal vizinho, gerando um mal-estar entre o marido e a esposa.
Chuva: Numa noite de chuva, após acolher em sua casa um vira-lata, um homem fala, se dirigindo ao animal, sobre a solidão.
Serviço
Espetáculo “Chuva”
Temporada: 19 de julho a 19 de agosto
Espaço Abu: Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 249, loja E, Copacabana – Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2137-4184 / (21) 2137-4182
Dias e horários: sexta a segunda, às 20h.
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Duração: 1h
Lotação: 40 pessoas
Classificação Etária: 16 anos
Funcionamento da bilheteria: quinta a segunda, das 15hs às 20hs (a partir de 19 de julho)