Espetáculo com Pedro Paulo Malta aborda a relação entre sambistas e a lei
De manifestação proibida, que precisava da licença emitida pelo chefe da Polícia para acontecer a um dos traços mais marcantes e respeitados da identidade nacional. O samba completa cem anos repleto de histórias que tratam da convivência tensa dos sambistas com os homens da lei. Esse será o fio condutor do espetáculo “A Justiça e o Samba – 100 anos de História: da Repressão à Celebração”, que terá apresentação única, na quarta-feira, 7 de dezembro, às 18h30, no Salão do Tribunal do Júri do antigo Palácio da Justiça.
Além de cantar, o jornalista e pesquisador Pedro Paulo Malta vai contar histórias que inspiraram as composições incluídas no repertório e casos que ilustram a relação entre a lei e o samba. Entre as 26 músicas selecionadas, clássicos como “Pelo telefone” – o primeiro samba registrado em 1916, marco para a celebração deste centenário –, a pérolas como “Habeas corpus”, de Noel Rosa e Orestes Barbosa, “Justiça gratuita”, de Nei Lopes, “Meu bom juiz”, de Serginho Meriti e Beto Sem Braço, além de dois clássicos de Chico Buarque: “Acorda, amor” e “Homenagem ao malandro”.
“Nesses cem anos que se passaram desde o registro de “Pelo telefone”, nenhum verso retratou a trajetória do samba com tanta precisão quanto os de Nelson Sargento: versos sobre o “negro forte destemido” que “foi duramente perseguido nas esquinas, nos botequins, no terreiro” – diz Pedro Paulo Malta, que fez a pesquisa musical e o roteiro, referindo-se à letra de “Agoniza, mas não morre”.
O cantor estará acompanhado por Bernardo Diniz (cavaquinho), Joana Saraiva (flauta e sax tenor), Edgar Araújo (bateria e percussão) e Lucas Porto (violão de 7 cordas), que também assina a direção musical.
SERVIÇO
“A Justiça e o Samba – 100 Anos de História: da Repressão à Celebração”
Espetáculo musical
Duração: 75 minutos
Quarta-feira, 7 de dezembro, de 2016
Às 18h30
Antigo Palácio da Justiça – Salão Histórico do antigo Tribunal do Júri
Rua Dom Manuel, 29 – 2º andar
Com:
Pedro Paulo Malta, pesquisa, roteiro e voz
Lucas Porto, violão de 7 cordas e direção musical
Bernardo Diniz, cavaquinho
Joana Saraiva, flauta e saxofone tenor
Edgar Araújo, bateria e percussão
Entrada gratuita com distribuição de senhas a partir de 18h
120 lugares
Lotação sujeita à capacidade da sala
O espetáculo faz parte do programa “Cultura é Justiça”, da Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro