Guilherme Fontes terá de pagar valor milionário à Petrobrás
O ator Guilherme Fontes foi condenado a devolver ao grupo Petrobrás um valor total de RS 2,5 milhões de reais, arrecadado a partir de 1995 para produção do longa-metragem Chatô, o Rei do Brasil. O filme, uma biografia do empresário Assis Chateaubriand que seria protagonizada por Marco Ricca, jamais foi finalizado. Segundo determinação do juiz Paulo Roberto Fragoso, da 31ª Vara Cível, o protagonista de Mulheres de Areia terá de pagar R$ 1,1 milhão à Petrobrás Distribuidora e R$ 1,4 milhão à Petrobrás S/A.
O caso, que se arrasta há mais de 15 anos sem solução definitiva, eclodiu no fim dos anos 90, quando Fontes interrompeu a produção do longa alegando falta de recursos. Desde então, ele passou a ser investigado por suspeita de desvio de verba pública para fins particulares. Para a rodagem do material, que até hoje se encontra arquivado, foram arrecadados torno de US$ 15 milhões através de leis de incentivo a cultura. Estima-se que o valor seja suficiente para produzir dez longa-metragens de médio orçamento.
Não é a primeira vez que o chamado “Caso Chatô” incorre em uma condenação para Guilherme Fontes. Em 2008, a Controladoria-Geral da União (CGU) determinou que o ator-diretor e sua sócia, Yolanda Machado Coeli, teriam de devolver mais de R$36 milhões aos cofres públicos. Já em 2010, a juíza Denise Vaccari Machado sentenciou para Fontes o período de três anos e um mês na prisão, por crime de sonegação fiscal, mas o artista entrou com recurso que até hoje não foi julgado.