Herbie Hancock, lenda do jazz encanta cariocas em um espetáculo de encher os olhos
Com uma carreira que ultrapassa os 50 anos, dezenas de álbuns lançados e vencedor de diversos prêmios (como o Oscar de melhor trilha sonora em 1986, para o filme Round Midnight,e 14 prêmios Grammy, um deles como álbum do ano, River: The Joni Letters, em 2008), o pianista americano Herbie Hancock, considerado por muitos uma lenda do jazz, se apresentou no Rio de Janeiro para um dos shows de sua turnê, que passou pela América do Sul e presenteou os fãs brasileiros com sua maravilhosa musicalidade.
Quem conhece a longa jornada do músico, sabe que já tocou com o grande mestre do jazz, o trompetista Miles Davis, na consagrada banda Second Great Quintet, uma das melhores formações da história. E os sortudos que lá estavam presentes no Citibank Hall, puderam conferir todos os motivos que fizeram Hancock ser reverenciado por muitos, com estupenda qualidade em composições próprias e improvisações tradicionais do jazz, estilo este que o próprio inovou com novas técnicas que foram incorporadas ao longo dos anos por diversos artistas.
Em um espetáculo digno de aplausos (e muitos), Hancock passeia por diversos gêneros musicais e os molda como se fossem um só, como o jazz, funk, pop, blues e música clássica contemporânea. Clássicos indispensáveis como “Cantaloupe Island”, “Watermelon Man”,”Rockit”, “Maiden Voyage” e “Chameleon” fizeram parte do setlist, somado a outras músicas de sua extensa carreira e também sensacionais solos de synth/vocoder, para a alegria do público.
Ao interagir com uma plateia que estava claramente ávida por mais, transcendendo em suas belas harmonias, Hancock ainda abre espaço para a demonstração do talento dos excelentes músicos que o acompanham no show, com destaque para o baixista James Genus, além de contar com o percussionista Zakir Hussaine Vinnie Colaiuta nas baquetas. Herbie Hancock, o Rio sempre estará de braços abertos para os seus magníficos shows, volte quantas vezes quiser!
Texto: Gustavo Franchini
Fotos: Nestor J. Beremblum