Inauguração do Museu de Arte do Rio será nessa sexta-feira
Depois de vários atrasos simultâneos no ano passado (de junho para setembro, depois novembro e agora em março), finalmente o complexo da Praça Mauá (orçado em R$ 76 milhões) abrirá suas portas (no dia 1º só para convidados e aberto ao público no dia 5) com quatro mostras simultâneas, uma em cada andar do palacete Dom João VI. O prédio é um dos três que formam o complexo do MAR.
No palacete, de estilo eclético, ficarão as mostras “Rio de Imagens” (fotografias contando a história da cidade do Rio de Janeiro), “O Colecionador” com a coleção de arte Jean Boghicy (136 obras), o acervo de Sérgio Fadel (com obras de Helio Oiticica, Lygia Clark e uma escultura de Aleijadinho, entre outros) e no térreo, a arte contemporânea é representada com “O abrigo e o terreno”, com obras e instalações que discutem a questão da moradia (como as obras do grupo Dulcineia Catadora e um carro alegórico do coletivo Opavivará! com curadoria da jovem Clarissa Diniz). Paulo Herkenhoff será responsável por cerca de 90% da curadoria das exposições do espaço.
Ao lado do palacete, no prédio modernista que abrigava o hospital da Polícia Civil, estará à sede do programa educativo do museu, a chamada Escola do Olhar, com onze salas de aula (“primeira escola pública de arte do Rio de Janeiro”, afirmou o prefeito Eduardo Paes). No espaço do extinto terminal rodoviário do Rio, estarão à área técnica do museu e a bilheteria.
Fica a torcida para que a chegada desse novo aparelho cultural a cidade do Rio de Janeiro, nos ajude na disseminação da idéia que um espaço museológico também é um poderoso pólo educacional e de entretenimento simultaneamente. E quebrem-se cada vez mais as barreiras sócio-culturais que fazem infelizmente, com que o Museu não esteja inserido no nosso inconsciente popular como meio de comunicação de massa.
Por Alessandro Iglesias