Jorge Ben Jor anima o Rio com dois shows no Circo Voador

Na noite da última sexta (11) e do último sábado (12),  o Circo Voador  abriu as portas para dois shows de Jorge Ben Jor. O cantor e compositor mostrou que, aos 69 anos de idade e com 51 anos de carreira, ainda possui swing, energia, empolgação e simpatia de sobra para realizar um show super especial para seus antigos e novos admiradores, de todas as classes e gêneros.

Na fila do evento, já era possível perceber que a festa seria grande e cheia. Mesmo antes das 22h — horário de abertura da casa — já começavam a surgir mais e mais pessoas ao redor do estreito espaço entre o Circo Voador e os Arcos da Lapa. Muitos compravam ingressos na hora, enquanto outros já haviam garantido os seus há tempos.

A música “Jorge da Capadócia” deu início à festa de Jorge e a banda do Zé Pretinho. Na banda, todos vestiam branco, exceto Jorge, que mesmo com uma calça da mesma cor, se destacava por usar uma camisa azul marinho com a estampa de São Jorge, seu santo protetor. O cantor inovou mais uma vez seu repertório tocando canções menos populares em seus maiores shows, como “Zumbi”, “Magnólia” e, até mesmo, um breve trecho de “Eu Vou Torcer”, que logo foi emendada a famosa “Os Alquimistas Estão Chegando”. Suas emendas de músicas já são bem conhecidas, mas sempre são capazes de surpreender o público. Junto com sua “guitarra cantante” e sem fazer muito esforço, Jorge prova que todo o instrumental de sua banda é mais do que suficiente para manter o ritmo animado e o swing de suas músicas, agradando aos mais diversos ouvidos. Dessa forma foi em “Mas que Nada” — considerada pelo próprio cantor um sucesso universal — e “Zazueira”, que quase chegou lá.

Ao longo da apresentação, o público cantava e dançava todas as músicas, porém, o alvoroço foi maior em “Fio Maravilha”. Tão maior que, logo em seguida, o cantor pediu uma pausa de exatos 3 minutos para descansar com sua banda. Pontualmente, ele retomou o show, dessa vez com uma blusa branca idêntica à usada anteriormente e com empolgação ainda maior, demonstrada até pelo ritmista Neném Guimarães que, muito sorridente, deu palinha de dança durante algumas canções.

Embora o público de Jorge seja bastante variado, muitos não gostam tanto do estilo pop, assim como a música “Quero Toda Noite”, do cantor Fiuk. No entanto, a canção teve boa aceitação do público e transmitiu à todos um clima romântico naquela noite. No encerramento, não houve muita surpresa. Moças de todos os tipos e estilos sobem ao palco para enlouquecer com a música “Gostosa” ao lado de Ben Jor, seguida por “Taj Mahal” e finalizando com um bis de “Salve Simpatia”, seus grandes sucessos que jamais poderiam faltar.

Por Jessica Coccoli