JUDAS PRIEST extrapola potência sonora em noite lotada na Barra da Tijuca
Sim!!! Todos sabemos da força que a instituição JUDAS PRIEST tem nos palcos, com vários clássicos construídos desde os anos 70 em vasta discografia, e a qualidade do mais recente petardo “Firepower” (considerado um dos melhores). Mas o extrapolo que mencionei no título, foi referente ao VOLUME mesmo!!! Certamente foi o show MAIS ALTO que já fui em minha vida, e olha que foram muitos… Acho que até agora o meu tímpano não se recuperou da “porrada” que nos “nocateou” (em todos os sentidos) oriunda das caixas de som.
Domingão de sol (11/11) no RJ, poucos chegaram na abertura da casa (o KM DE VANTAGENS HALL, eterno Metropolitan, né?) para ver a abertura dos elogiadíssimos BLACK STAR. Inclusive este que vos escreve. Atrasei, falha nossa, assumo. Mas os poucos que chegaram, estavam elogiando bastante a apresentação dos remanescentes do CARCASS.
Com a lotação da casa quase esgotada, o ALICE IN CHAINS veio despejando sua sonoridade indefectível, para delírio dos fãs do movimento grunge. O som de referências “sabbatianas”, com peculiar “sujeira” e ares melancólicos, mandou ver no que tem de melhor: o show! Incrível como desde os primórdios, a banda cresce uma barbaridade no palco.
William Duvall esbanja o habitual carisma (um dos raros exemplos de vocalista substituto que encaixa absurdamente), para Jerry Cantrell se destacar lindamente. Como toca! Os solos de beleza ímpar (sem contar os riffs), me levou a apelidar o moço de “David Gilmour de Seattle”. E posso garantir aos senhores que é um belo elogio! Passaram por todos os discos, mas é na fase Lane Stanley que a casa vem abaixo, mostrando o poder do repertório dos anos 90, por mais que a banda tenha se mantido muito bem, obrigado…
E o JUDAS PRIEST, mantém de forma avassaladora seu status “Metal Gods” com louvor! Mais uma apresentação histórica na cidade, algo peculiar desde sua primeira vinda, no ROCK IN RIO de 1991.
Podemos destacar que o substituto de Glen Tipton (Andy Sneap, o produtor de “Firepower”) na turnê (por motivos de saúde) manda muito bem, mas é discreto. Deixa bem claro quem é o dono das seis cordas ali…
O set-list foi de “cair o queixo”. QUE REPERTÓRIO SENSACIONAL! Além das várias canções de “Firepower” (com direito a homenagem a Ayrton Senna em “Freewheel Burning”), mostrando como este lançamento já soa clássico ao vivo, tivemos passeio por várias fases da banda.
O lado C , “Grinder”, de “British Steel”, as setentistas, “Sinner”, “Running Wild” e “Green Manalish”, a linda “Desert Plain”, do álbum “Point of Entry”, o hard rock de “Turbo Lover”, e depois só HINO para o povo cantar junto: “The Ripper”, “Eletric Eye”, “You’ve Got Another Thin Coming”, “Painkiller”, “Breacking the Law”, “Living After Midinight”, ufaaaaaaa!
De tirar o fôlego de qualquer fã de rock’n’roll, e como citei anteriormente, explodindo ouvidos! Show de Metal como deve ser, atitude, história e BARULHO!!! Todos zumbindo foram para casa felizes demais, em pleno domingo, próximo a segunda, pois se aproximava de meia noite… Casa lotada mostrando que o METAL no Rio de Janeiro está bem vivo, SIM!!! Obrigado JUDAS PRIEST, ALICE IN CHAINS e BLACK STAR RIDES.