Marisa Monte na Super Bock Arena: artista transportou os fãs para o seu “Infinito Particular”.

Segue o nosso Instagram!

Como alguém que dispensa a necessidade de comprovar seu talento, Marisa Monte assumiu o palco da Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto, nesta sexta-feira, 24 de novembro. Embalados pelos acordes de “Portas”, mergulhou-se coletivamente num ambiente envolvente, onde a audiência já estava imersa em seu “Infinito Particular”.

Após o encerramento da primeira música, Marisa Monte expressou sua gratidão a todos presentes. Junto com sua banda e equipa, ela demonstrava contentamento por mais uma turnê em Portugal, onde sempre eram recebidos com calorosas boas-vindas. Com um repertório repleto de êxitos de sua carreira solo, a renomada artista brasileira também presenteou os fãs com clássicos de Paulinho da Viola e Cartola. Além disso, enfatizou suas colaborações com outros artistas, entre eles Tribalistas e Pretinho da Serrinha, que, ao som de seu inconfundível violão, proporcionou uma experiência animada ao público com “Elegante Amanhecer” e “Lenda das Sereias”, uma tocante homenagem à escola de samba da Portela.

Em determinado momento do espetáculo, Marisa anunciou que iria apresentar uma canção “das antigas”, ciente de que muitos talvez não recordassem a letra. No entanto, como ela mesma afirmou, “Ainda Lembro”. Todos guardamos na memória sua voz doce e segura, assim como sua presença marcante. Com essa força, a diva brasileira compartilhou o palco com os demais músicos do grupo, reconhecendo a importância do trabalho coletivo no processo criativo. Entre as músicas, ela fez questão de introduzir cada membro da banda, evidenciando suas valiosas contribuições.

Marisa compartilhou a história do contrabaixista Dadi, seu parceiro de longa data, que começou na banda Novos Baianos aos 17 anos e foi o “muso inspirador” da música “Leãozinho” de Caetano Veloso. Também falou sobre Antônio Neves, multi-instrumentista e mestre dos trombones, e apresentou o baterista Pupillo, destacando sua trajetória com o Mangue Beat. Cada integrante teve seu momento de reconhecimento, revelando a diversidade e experiência musical que compõem a banda de Marisa Monte.

Em “Vilarejo”, Marisa emocionou o público ao cantar sobre como a vida é possível para todos, inclusive para os palestinos que lutam pela sobrevivência a cada primavera. Sua performance, simples em ação e refinada na voz, fez com que a iluminação do local e as lantejoulas de seu vestido parecessem meros detalhes perto de seu brilho. Em um gesto de delicadeza e reconhecimento coletivo, agradeceu a todos os “trabalhadores invisíveis da cultura” por proporcionarem uma noite tão bela. Não esquecendo daqueles que “deram voz a tantas de nós”, ela presenteou a plateia com “Doce Vampiro”, de Rita Lee.

Com o desejo de todos por uma continuação de Marisa por mais uma hora e meia de concerto, o momento de concluir a apresentação havia chegado. Enquanto o auditório entoava à capela “já me esqueci de te esquecer…”, Marisa Monte foi se dissipando lentamente na penumbra, legando sua energia positiva e autêntica a cada indivíduo na plateia.

Texto: Leticia Afonso

Fotos: Lívia Bueno

Marisa Monte – Super Bock Arena @Lívia Bueno (Cult Magazine)

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *