Morre, aos 72 anos, Beth Carvalho
A cantora e compositora Beth Carvalho morreu na tarde desta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro. A sambista, que tinha 72 anos, estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, no Botafogo, desde o dia 8 de janeiro. A causa da morte não foi informada.
Apelidada de “a madrinha do samba” por ser responsável no lançamento de grandes nomes do gênero, Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio em 5 de maio de 1946. Em uma época em que mulheres não tinham tantos espaços, a cantora se tornou figura marcante na mídia com seu primeiro compacto lançado em 1965.
Aos dezenove anos ficou em terceiro lugar no III Festival Internacional da Canção de 1968, com a música “Andança”, composta por Paulinho Tapajós, Danilo Caymmi e Edmundo Souto. Diversas outras composições fizeram sucesso com a Beth, como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”.
Mangueirense, a sambista foi uma das que lançaram Cartola e Nelson Cavaquinho, figuras centrais do samba carioca, como cantores de sucesso nos anos 70. Assídua frequentadora do Cacique de Ramos, mudou a história do gênero ao dar voz aos nomes que dominariam o gênero nas décadas seguintes, como Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Sombra, Sombrinha, Arlindo Cruz, Luis Carlos da Vila, Jorge Aragão e outros.
Em 1997, a engenheira brasileira da Nasa Jacqueline Lyra programou para ‘acordar’ o robô em Marte com a canção “Coisinha do Pai”, maior sucesso de Beth Carvalho e de autoria de outra figura lançada por ela, Jorge Argão.
Beth Carvalho foi homenageada na edição 2009 do Grammy Latino, em Las Vegas. Na ocasião, a cantora foi a primeira sambista a receber um dos reconhecimentos mais importantes do Grammy, o prêmio Lifetime Achievement Awards. Ao todo foram 34 discos e 5 DVDs lançados. A cantora recebeu seis Prêmios Sharp, 17 Discos de Ouro, nove de Platina, dois DVDs de Platina, além de centenas de troféus e premiações.