Morte de Elvis Presley completa 35 anos

Nesta quinta-feira (16), a morte de Elvis Presley completa 35 anos e fãs do cantor se preparam para fazer a costumeira vigília noturna em frente a mansão onde vivia em Graceland.

Também conhecido como Elvis The Pelvis, apelido que ganhara na década de 50 por sua maneira inusitada ousada de dançar, nascido em Memphis, Tennessee, considerado Rei do Rock, dotado de grandes alcances vocais, tem em sua trajetória de vida uma bela história.

Se os pais de Elvis ensinaram o respeito acima de qualquer aspecto físico e social, seus primeiros anos de vida em meio aos destroços de um grande furacão que varregou a cidade na década de 30, o conectou de alguma forma com a vida dos negros. Historiadores explicam como foi determinante para que o estado do Mississipi ao enfrentar o auge do racismo americano, pudesse de alguma forma em prol da reconstrução da cidade, deixar os preconceitos de lado. Anos depois a música de Presley seria carregada de influências da black music, e não por acaso. Porém, outros preconceitos iriam surgir.

O cantor americano começou desde cedo a ter contato com a música, e foi através de uma igreja protestante que, aos 10 anos, alcançou o 2º lugar em um concurso de novos talentos. Um ano depois, ganhou um violão o qual se tornou seu companheiro inseparável.

No fim da década de 40, a família Presley se mudaria para o Tennesse em busca de uma vida melhor, e lá Elvis trabalharia como lanterninha de cinema e motorista de caminhão. Todo seu trabalho não seria em vão. Em 1953, Elvis se formava e gravava de presenta para sua mãe duas canções: My Happiness e That’s When Your Heartaches Begin.

Um ano se passava, e a idéia das duas primeiras canções havia dado muito certo. Elvis entrava em estúdio para gravar outras, e ao cantar o blues “That’s all right, mama” de Arthur Crudup, surgia o estilo “rockabilly”. Seu primeiro compacto também nascia, e suas canções eram executadas em rádio com sucesso, atingindo o topo da parada country da Billboard na cidade de Memphis.

Nesse meio tempo, Elvis serviu ao exército dos Estados Unidos onde se apaixonou por Priscilla Beaulieu filha do capitão, gerando uma relação polêmica pois enquanto Presley tinha 25 anos, ela tinha 14. Na mesma época, a vida cinematrográfica surgia, e os primeiros filmes estrelados por Elvis, eram sucesso absoluto, entre eles “Flaming Star” e “Follow That Dream”. Porém durante as gravações um novo amor batia a porta do cantor: Ann Margret. Rumores de uma possível traição abalaram a relação frágil de Elvis e Priscilla. Anos mais tarde, o casal oficializaria a união, mas noves meses depois separariam-se devido o ritmo de vida corrido e ausente do cantor.

Em 1966, Elvis retornava aos palcos e mantinha o ritmo dos show. Nesse pouco tempo ele já havia se tornado uma sensação internacional. Seu som era único, e conseguiam sintetizar diversas influências musicais. Porém, o caminho até a fama nunca é fácil para o artista que reescreve a forma como as músicas foram tocadas e compostas até então.

A burguesia preconceituosa e extremamente conservadora – classe dominante, o achavam vulgar pois representava um estilo popular em que eram unidos o rock, e o R&B, música em que os negros criaram para outros negros, e por isso impossível de penetrar a sociedade branca. Já os próprios negros, diziam que por ser uma música de origem negra, nenhum branco teria o direito de se apossar. Elvis foi perseguido e tornou-se vítima de muitos preconceitos por ir contra um sistema estabelecido na época e ao mesmo tempo por ser um rapaz de origens humildes, um “caipira sulista”, como foi chamado, e mesmo com a fama, discriminado.

Os anos 70 determinaram o amadurecimento artístico de Elvis Presley em relação ao anterior. Muitos mais shows em Las Vegas ocorreram, e as mudanças no repertório foram considerados por muitos, mais elaborados e eletrizantes. O cantor americano quebrava novos recordes em apresentações, como em seu segundo show em Houston confirmando 44.175 pagantes. Logo depois em Los Angeles apresentando-se para mais de 62 mil pessoas. Críticos consideram esse período de ouro para Elvis, pois além dos shows grandiosos, mais 2 álbuns eram lançados. Entretanto, em 1977 os problemas de saúde eram bem visíveis. Presley se despedia subjetivamente seu último show em Los Angeles tocando piado.

No dia se sua morte, Elvis havia ido ao dentista pelas 23hrs, voltado para a sua mansão sem apresentar nenhum problema, e ido deitar por volta das 4hrs. Elvis desmaiou em seu banheiro ao levantar as 10hs e as 14hrs foi encontrado caído no chão.

O motivo teria sido um colapso fulminante, resultado de um problema cardíaco. A necrópsia também apontou a ingestão de oito ou mais drogas. A notícia comoveu os stados Unidos causando muitos transtornos, como linhas telefônicas congestionadas, estoque de flores esgotado em todo o país e caos nos aeroportos com a vinda de outros fãs de todo o mundo.

Como todo o ícone, a sociedade alimentou durante alguns anos o foclore de que Elvis não havia morrido de verdade, e que tudo não passava de uma farsa para que ele se mantesse em segurança e recebesse uma nova identidade para viver longe da fama, pois havia se envolvido com a prisão de um poderoso chefe da máfia.

Muitos outros boatos surgiam, como a possibilidade de um boneco durante o funeral invés do corpo verdadeiro.

Verdade ou não, no caso de alguns ídolos, a possibilidade de jamais vê-los novamente parece inaceitável para os fãs. O que não deve ser esquecido e provavelmente será a melhor herança que Elvis deixou a seu público, é de como sua música pode unir o mundo dos brancos e dos negros sendo considerado por críticos “a última revolução cultural”.

O legado de Elvis ainda vive.

 

Por Juliana L. Farias

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1 Resultado

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