Musical multipremiado na Broadway tem montagem brasileira

grey gardenGrey Gardens é a imponente propriedade de East Hampton, suntuoso balneário próximo a Nova York, no qual Edith cria a menina Edie seus outros dois herdeiros, Phelan Jr. e Bouvier. Enquanto os irmãos mais novos conseguem quando adultos, concretizar independência da casa e da família, a primogênita fica atrelada à relação conflituosa com a mãe. As duas aliás, com tendências artísticas que nunca se materializam. Edie tenta ser modelo e atriz (em plena década de 40), mas o sucesso não lhe bate as portas e de Nova Iorque volta definitivamente para Grey Gardens. Mãe e filha costumavam ser muito lembradas como as excêntricas tia e prima de Jacqueline Kennedy, mas a riqueza da história de suas vidas supera em demasia o parentesco com a mais reverenciada das primeiras-damas dos Estados Unidos.
O filme homônimo realizado em 1975 (pelos irmãos Albert e David Maysles) é considerado o primeiro musical feito a partir do documentário de uma família. A montagem teatral estreou em 2006 no circuito Off-Broadway, conquistando o prêmio de melhor musical do Outer Critics Circle. Christine Ebersole foi escolhida melhor atriz no Drama Desk, Drama League Award e no Outer Critics Circle. Ela também ganhou o Tony, considerado o Oscar do teatro americano, graças à temporada na Broadway entre 2006 e 2007. O argumento do espetáculo também foi adaptado para um longa-metragem para a televisão americana. Teve sua estreia em 2009 e contou com Jessica Lange e Drew Barrymore como as protagonistas. A exemplo do espetáculo nos palcos, também conquistou vários importantes prêmios, como os Emmy de filme para TV e atriz (Lange) e os Globo de Ouro de filme para TV e atriz (Barrymore).
Após grande esforço durante anos consecutivos da produção do espetáculo para adquirir os direitos do texto, a montagem brasileira de “As Mulheres de Grey Gardens – O musical”, finalmente estreia em 15 de março no Rio de Janeiro na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana. Com direção de Wolf Maya (após 10 anos sem dirigir musicais) e tendo Soraya Ravenle (em seu segundo musical norte-americano consecutivo, o anterior foi “O violinista no telhado”) e Suely Franco à frente do elenco. Uma superprodução apresentada pela Eletrobras e pela Oz, com o patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. Quinta, às 20h, sexta e sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Por Alessandro Iglesias 

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