Neptunea estreia com clipe gravado na Antártica

Uma jornada solitária no deserto da Antártica é o cenário escolhido para “AUM”, clipe que lança Neptunea, projeto solo de Rafael Bulleto, guitarrista que já tocou em bandas como Antiprisma, BIKE, Sara Não Tem Nome, Leza e Fluhe. Ao contrário do que se poderia imaginar de um músico de São Paulo, “AUM” é calmaria e surge como um conjunto de notas transcendentais, pontes para um momento de paz. O vídeo foi dirigido por Matias Borgström, da Salga Filmes.

A imensidão do espaço e do tempo, e a relação entre a luz e a sombra revelam AUM, o mantra inesgotável. A partir dessa premissa nasceram as imagens para compor com a música.

“Ao ouvir pela primeira vez uma incipiente versão da música, a imagem que se formou foi a de uma jornada infinita no deserto. Apesar das diferentes fases da canção, o andar sempre estava presente. Foi então que recebi o convite da minha irmã Samanta para velejar até a Antártica. A bordo conheci o francês Jérémy, que topou vestir uma túnica bereber – vestimenta tradicional do Marrocos – e encarnar o personagem que peregrina eternamente, enquanto as diversas paisagens imprimiam as sensações que buscava.”, conta Matias.

A impressão de Matias ao ouvir o som, não foi a toa. Rafael Bulleto, responsável pela letra e música, vivia uma rotina repetitiva quando “AUM” apareceu. Trabalho, estudo e cinco bandas simultaneamente: Foi nesta correria que surgiu um riff de guitarra que perseguiu o músico. O artista explica a inspiração:

“Em pouco tempo, esse riff virou uma canção que fazia todo o sentido para o momento que eu vivia. Tinha muito da minha essência ali, também tinha influências de coisas mais mântricas e atmosféricas, que eu gosto de ouvir para ler ou quando busco me livrar da ansiedade”, relembra.

“AUM” inspira-se na frequência essencial do Universo. Na metáfora, este foi o papel da música na origem do universo de Rafael, criando novos ambiente. Este conceito é representado pelo sintetizador, que soa do início ao fim da faixa; A introdução da canção é a descoberta de um mundo novo e confuso, enquanto a base é repetida de forma anestésica. 

As vozes na canção dizem “I squeeze them and drink them”, em alusão ao ato de tomar limão espremido pelas manhãs, como forma de purificação do corpo e da mente. Já o solo de guitarra, último elemento das camadas, é a percepção do caos após a purificação dos sentidos e da mente.

“Na minha vida pessoal, esse som foi a semente que deu origem ao meu próprio universo. Notei que precisava de mais espaço e tempo para mim. Todo esse processo de imersão e auto-conhecimento, me ajudou a tirar do papel antigos projetos e a me conectar com novas pessoas, que estavam trabalhando ou vivendo, de alguma forma, o mesmo que eu.”, revela Rafael Bulleto.


https://www.youtube.com/watch?time_continue=31&v=CUXW8puQwTs


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