O espetáculo “Procópio-UM EXERCÍCIO SOBRE O FUTURO” segue em cartaz no Teatro Municipal Serrador

Nunca foi tão importante falar de arte como nestes tempos. Por isso, é muito oportuno o espetáculo Procópio, que – depois do sucesso da estreia no Teatro Sesc Copacabana – voltou a estar em cartaz, agora no Teatro Municipal Serrador, na Cinelândia. Idealizado pelos atores/produtores Kadu Garcia e Paulo Giannini, com texto de Carla Faour, que também colaborou na concepção do projeto, e direção de Dani Barros, Procópio está em temporada desde o dia 2 de novembro e permanece até dia 24 de novembro, de quinta a sábado, às 19h30.

A reestreia no Teatro Serrador tem um gostinho a mais. O título da peça é uma homenagem ao magistral ator Procópio Ferreira (1898-1979), pai da maravilhosa Bibi Ferreira. E está aí a coincidência: o espetáculo de inauguração do Serrador foi justamente da companhia de Procópio, que havia arrendado o teatro. A abertura foi no dia 1º de março de 1940, com a peça de Joracy Camargo Maria Cachucha, em três atos, divididos em 6 quadros, com Procópio Ferreira à frente de grande elenco. Aliás, o teatro tem mesmo tudo a ver com a família. Foi lá que, em 1941, Bibi Ferreira fez sua estreia profissional na comédia La Locandiera, de Goldoni.

Então, é uma feliz coincidência encenar o espetáculo no Teatro Municipal Serrador, depois da bela acolhida de público e crítica, que renovou “Procópio” e confirmou para os artistas envolvidos no espetáculo que eles traçaram um caminho de verdade e emoção para agradar todo tipo de espectador. O crítico Rodrigo Fonseca, por exemplo, escreveu que a peça “crava nos palcos o punhal da erosão ética de nossa memória estética”. E prosseguiu: “Numa precisão cirúrgica do limite entre fábula e piquete, a direção de Dani Barros potencializa a dimensão filosófica deste ‘Amarcord’ carioca da dramaturga Carla Faour, com delicadas atuações”.

Também a crítica Ida Vicenzia, da Associação Internacional de Críticos de Teatro – AICT, encantou-se com o “fascinante jogo de cena” e empolgou-se com a proposta do espetáculo: “Ideia ótima, essa, de trazer para o nosso palco um assunto tão vibrante e atual – a decadência da nossa cultura”.

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