O Rappa faz show de mais de duas horas no Rio de Janeiro

A noite de sexta-feira (04) parecia prometer um showzaço. A casa de espetáculos Citibank Hall estava cheia e a expectativa para a apresentação do grupo O Rappa era grande, já que os músicos acabaram de lançar sua mais nova empreitada intitulada de “Nunca Tem Fim”, mais  uma singela comemoração de 20 anos de trabalho. Em todos esses anos a banda conquistou um público bem diversificado atingindo todas as classes sociais e tribos, desta maneira conseguiram chegar onde estão e no patamar que se encontram atualmente.

Antes de iniciar o show, o jornalista Ricardo Boechat adentrou ao palco para anunciar os rapazes a pedido dos próprios integrantes. Boechat, que recentemente escreveu uma resenha falando sobre o novo disco do grupo, fez um rápido discurso enaltecendo bastante os moços até que finalmente os primeiros sons da apresentação invadiram os ouvidos dos espectadores.

É claro que a plateia foi ao delírio mesmo com a música mais recente.  Porém, não foi só de novas canções que se resumiram as longas duas horas de muito O Rappa. As antigas também levantaram o público que se surpreendeu com as novas roupagens de “Mar de Gente” e “Vapor Barato”, esta mesma com a participação de Vanessa da Mata, que estava no meio da galera e a pedido de Falcão subiu ao palco para fazer um dueto. Logo em seguida, os dois fizeram uma homenagem ao Chorão (ex-vocalista do Charlie Brown Jr) e Champignon (ex-baixista da mesma banda) que morreram este ano, cantando “O Coro Vai Comê!” com muitas imagens dos dois ex-integrantes no que parecia uma espécie de telão, só que fazia parte da figuração do cenário.

Fugindo ao clichê, a apresentação não teve o famoso bis, mas para quem estava como espectador valeu por ter esperado a finalização com “O Salto”, do CD “O Silêncio Que Precede O Esporro”. Foi um show bem competente, o grupo se sobressaiu inúmeras vezes ao longo da noite e com certeza O Rappa é diversão garantida.

Por Milena Calado

Fotos: Diego Matheus/Gruda