Os 15 melhores lançamentos nacionais de 2019

Sempre suscita pretensiosidade listas como essa né? Deixarei claro: os QUINZE melhores álbuns nacionais para o CULT MAGAZINE mediante o olhar particular deste que vos escreve. Pronto! Ah, e comentários são bem vindos em nossas redes sociais, já que COM CERTEZA algum poderá faltar na seleção particular de alguém. Observação: a ordem disponibilizada não é por juízo de valor, mas sim aleatória…

1 – Vivian Kuczynski – “ICTUS”

Camadas eletrônicas atmosféricas em grande parte acrescidas de uma melancolia intensa e singela simultaneamente; produção primorosa que “salta aos olhos” (inevitável não se lembrar da cena Trip-Hop e de Lana Del Rey); um vocal personalíssimo, que alterna entre a intensidade e o agridoce com rara beleza; letras que emergem do confessional a crítica socialQUE DISCO meus senhores! Quando vamos saber mais, O SUSTO! Álbum de estreia? Vivian tem apenas 16 anos??? Uau!!! Me impressionou ainda mais, mas deixo uma ressalva: nenhuma dessas informações interferem para que o trabalho da paranaense esteja AQUI nesta relação! Simplesmente MARAVILHOSO independente de qualquer coisa. Vivian Kuczynski , GUARDEM MUITO BEM ESTE NOME…

“ICTUS”

2 – Lulu Santos – “PARA SEMPRE”

O grande “hitmaker” do Brasil ataca com um disco irresistível, que se tivesse sido lançado nos anos 80 ou início dos 90, estaria facilmente entre todos os trabalhos clássicos daquele período! Com o parceiro de longa data, DJ Memê, é permeado por histórias que abordam seu atual relacionamento, onde expressa a felicidade atual. Mas durante a audição despersonalizamos o caráter pessoal e somos teletransportados para essa atmosfera romântica que nos faz sentir aquele “frio na barriga” dos sentimentos afetivos naturalmente. Lulu raramente perde a mão em seus trabalhos, mas quase TODAS as canções de “Para Sempre” (“Radar” é uma catarse com sua introdução de cordas, “Real” chama a atenção pela poesia dos versos, “Gritos e sussurros” tem a indefectível guitarra havaiana de sucessos passados, “Orgulho e preconceito” ostenta belos efeitos eletrônicos, entre outras) tem a inevitável vocação para HIT, com aquele extremo bom gosto de outrora, que acompanha sua trajetória. Mais um GOLAÇO do REI DO POP NACIONAL!

“PRA SEMPRE”

3 – Flaira Ferro – “VIRADA NA JIRAYA”

Flaira é uma das maiores artistas do Brasil. Se infelizmente muitos não sabem, BREVE irão tomar conhecimento, porque a intenção dessa Recifense é “fazer barulho”, “colocar a boca no mundo” e todos os jargões libertários possíveis! “O primeiro disco (“Cordões Umbilicais” de 2015), tinha uma relação mais introspectiva, de auto conhecimento, a bailarina transcendendo na música, se descobrindo através das suas canções. Neste segundo, estou mais conectada com as questões externas que movem o país e o mundo, e isso se reflete internamente, as canções nasceram disso. Esse termo ‘virada na jiraya’ me remete à medicina da lucidez, ao anti-enlouquecimento. É trazer essas ações de poder para o corpo feminino“, descreve bem a compositora de mão cheia, que também se expressa de forma cênica com desenvoltura, já que a dança foi seu primeiro ofício. O disco tem caráter de manifesto, transitando por vários gêneros (rock, beats eletrônicos, samples, frevo É CLARO) de forma bem confortável, mas com a verve panfletária afiadíssima. Podemos destacar “Coisa mais bonita”, sobre masturbação feminina, com o clipe de divulgação tendo recebido censura; o deboche sexual de “Faminta”, a parceria com Chico César em “Suporto perder”, e o frevo de estrutura eletrônica “Revólver”. DISCAÇO!!!


“VIRADA NA JIRAYA”

4 – Jards Macalé – “BESTA FERA”

Uma vez “maldito”, sempre brilhante! Poderia parecer impossível, mas o sempre independente Macalé arrumou outro “insight” para se reinventar… O mestre proporcionou um verdadeiro choque de gerações ao lançar “Besta Fera”, confabulando com nomes como Tim Bernardes (O Terno), Juçara Marçal Rômulo Fróes, e a produção primorosa de Kiko Dinucci. “Eu não sei explicar… Eu gosto da rapaziada. Eu ando com a rapaziada!”, disse com humor após perguntarem como sempre consegue soar tão contemporâneo. Passeando pela poética descrita, incorremos em várias transições ao passado enquanto Jards arrebata esse autorretrato sem qualquer cronologia, até porque nunca permeou-se nessa característica ao longo de sua trajetória. É um processo natural nos relacionarmos com a história recente do Brasil nessa preciosa verborragia, pois é diretamente ligada a do criador. Depois de 20 anos em um lançamento de inéditas, Jards Macalé nos apresenta mais um clássico da música popular brasileira, MUITO a frente do seu tempo (para variar!).

“BESTA FERA”

5 – Barão Vermelho – “VIVA”

O Barão Vermelho é uma entidade do rock’n’roll nacional que dispensa comentários. Mas esse disco veio especialmente carregado de expectativas das mais diversas: primeira, porque o último lançamento autoral foi de 2004; segunda, que pela primeira vez teríamos Rodrigo Suricato ocupando o posto que já foi de Cazuza e Roberto Frejat… O atual vocalista e compositor, já tinha deixado os fãs aliviados com as apresentações ao vivo em que se mostrou MUITO a vontade nesse papel. A “responsa” foi segurada com bravura! E nesse 15° registro, o Barão mostra que está mais VIVO do que nunca. Além da habitual competência e vigor em “rockões” com aquela influência de blues, latinidade e um tempero pop que já é sabido, se aventura em outras sonoridades, como na participação do rapper BK, já na canção que abre “Viva”, a pesada “Eu nunca estou só” e na cortante balada “Pra não te perder”, com participação de Letrux. Belo álbum! Vida longa ao Barão Vermelho!

“VIVA”

6 – Alice Caimmy – “ELECTRA”

É sempre comovente quando nos deparamos com artistas de início meteórico, que definitivamente “explodem” a sua zona de conforto com um trabalho. Após 3 registros de um pop multifacetado e cheio de personalidade, difícil de rotular pela amplitude sonora, temos uma desconstrução radical: um álbum pungente de piano e voz! Desbragando emoção no comovente canto (com momentos de delicadeza) e acompanhada de uma faca, símbolo da aura trágica da mítica personagem grega Electra evocada na capa do disco e nos shows, a intérprete imerge no cancioneiro da música brasileira, com garimpagem de achados “lado B” de Tom Zé e Elton Medeiros, Fagner, Tim Maia, Maysa e sambas do repertório da tia Nana e de Roberto Ribeiro. Além da incursão por um fado do maior nome do gênero, Amália Rodrigues, com sotaque lusitano na medida certa e todo drama que o gênero exige. Magistral os arranjos do pianista Itamar Assiere, em parceria com a própria Alice. “Electra” nasce com status de clássico! Simplesmente DIVINO

“ELECTRA”

7 – Elza Soares – “PLANETA FOME”

Elza Soares é um do maiores patrimônios artísticos do país. Já poderia ter ido deitar “nos louros” de sua maravilhosa trajetória de vida e artística há muito tempo e estar descansando no alto de seus 82 anos… Mas FORÇA definitivamente será o epitáfio desta personalidade ímpar, um congruado de atitudes que só nos motivam a AVANÇAR juntos! Quando ouvimos o líbelo de manifesto incisivo “Planeta Fome”, nos deparamos com um dos trabalhos mais revolucionários da história da música brasileira, sobretudo pelo momento atual do Brasil. Fome de crescimento, fome de justiça, fome de igualdade, fome até de ter direito ao básico. Temos uma crônica irrepreensível sobre a desigualdade social do país. E vindo de uma mulher, a palavra tão suscitada atualmente “empoderamento”, discorre por um sentido muito mais amplo e global com esse registro, personificando as vozes femininas da indignação! Fora isso a potência sonora, onde se conectou com a nova geração em nomes como BaianaSystem, Orquestra Rumpilezz, BNegão, Virginia Rodrigues, entre outros, com a produção super inspirada de Rafael Ramos. A regravação de “Comportamento Geral” de Gonzaguinha, tem efeito similar impactante de “A carne” do Farofa Carioca, tendo tudo para se tornar também um novo clássico em seu cancioneiro. Obrigado por esse acontecimento Elza Soares!

“PLANETA FOME”

8 – China – “MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA DIAS MORTOS”

Em tempos de guerra ideológica por parte do Governo, escolhendo a Cultura como “alvo inimigo”, natural termos um posicionamento contrário e ostensivo por grande parte da classe artística, ainda mais do cenário independente. China também discute o panorama atual de forma incisiva, com versos diretos (remetendo uma atitude punk rock) e muitas das vezes agressivos, notoriamente em busca de um processo de articulação social. “Fascismo Tupinambá”, já exemplifica a verve que permeia o trabalho de poesia angustiada do disco: Liberdade de pensamento consciência e religião / O cristão faz o juramento e a igreja a separação / Todos querem educação o saber, a voz da razão / Mas pensar não é a questão / A tortura da opinião / Fascista, Cidadão de bem, tabacudo, vai tomar no cu. Sonoramente o recifense não foge de suas origens e referências, além do “hardcore-frevo” de sua ex banda Sheik Tosado, o Mangue Beat, somado a ritmos e fórmulas instrumentais e experimentais, também permeiam grande parte da atitude rock’n’roll radical deste singular e excepcional álbum.


“MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA PARA DIAS MORTOS”

9 – Black Alien – “ABAIXO DE ZERO HELLO HELL”

A veia social incisiva de Gustavo Black Alien já é deveras conhecida… Não é isso que faz esse disco (o terceiro sob essa alcunha) ser com sobras o grande lançamento de RAP do ano. Transparência, sarcasmo, escancaramento da dependência química passando longe da autopiedade, bases cheias de groove e swingue da pesada! A parceria vencedora com Papatinho (Cone Crew Diretoria) mostrou como sua luta contra o vício em drogas e álcool, deu vibe para um álbum extremamente contemporâneo, onde rima idiomas diversos, passeia por sua trajetória pessoal e musical, saúda seus mestres, discorre sobre bloqueios e dificuldades, mas também reverencia o amor de forma extremamente particular. Apesar da exposição dura, consegue com lirismo passar otimismo e esperança. O tom reflexivo atual, que aponta uma certa solidão nessa imersão de auto-conhecimento, foi o suficiente para suscitar uma obra inesquecível como essa. Continue assim, esse é o caminho!


“ABAIXO DE ZERO HELLO HELL”

10 – Chico César – “O AMOR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO”

Que sensação saudosista mediante a audição desse disco, de uma época distante em que não era o mercado que determinava a criatividade de um artista e automaticamente a concepção de um registro. Fazendo uma metáfora com o nome do álbum, a revolução maior que adentramos é a liberdade no qual se passeia por convenções das mais díspares, uma deliciosa salada de gêneros e imagens das mais diversas traduzidas em canções que em sua maioria tem status de clássicas! A faixa título tem participação matadora do herói da guitarra Luis Carlini (em seus mais de 7 minutos); “Luzia Negra” tem pegada irresistível setentista (remete a Mutantes), concluindo com solos “hendrixianos” do próprio Chico (também sem pressa nenhuma para acabar); a levada groove irresistível em “De peito aberto” (a revelação Agnes Cruz participa com belos vocais); a africanidade que já é marca registrada de “Lok Ok” (assim como a gira de terreiro “As negras e a África”), Flaira Ferro brinca (literalmente) com a voz junto a Chico na pérola de cabaré “Cruviana”; e o reggae suave de discurso violento “Pedrada”. Sinta a letra: “Cães danados do fascismo / Babam e arreganham os dentes / Sai do ovo a serpente / Fruto podre do cinismo / Para oprimir as gentes / Nos manter no escravismo / Pra nos empurrar no abismo / E nos triturar com os dentes”. O que está esperando? Vá se revolucionar com o amor de Chico César, AGORA!


“O AMOR É UM ATO REVOLUCIONÁRIO”

  11 – Liniker e os Caramelows – “GOELA ABAIXO”

Ok, a “lacração” é maravilhosa, a visibilidade para a comunidade LGBTQ é fundamental, um novo momento para a MPB de suspiro revolucionário é lindo, mas friso que esse disco entrou nessa relação por méritos meramente musicais. É um belíssimo trabalho de intento soul e catarse blues, que nos emociona a cada faixa, mas percebe-se claramente a falta de intenção comercial em “Goela Abaixo”. Isso também se aplica ao discurso! Muita coisa sendo dita a todo momento, não há linearidade de sentido, juntamente com as convenções sonoras. Um caminho que desemboca num universo estrelado; uma caverna em formato de garganta e, no lugar da úvula (campainha), um casulo que se desfaz para um alçar voo: a capa do álbum, concebida pela artista mineira Domitila de Paulo, diz muito sobre o contexto da obra. A sensibilidade dos versos é hipnotizante pela intensidade e delicadeza que se alternam sob os vocalizes SOBERBOS de Liniker! O amadurecimento da banda salta aos olhos nesse segundo trabalho, e despontam nessa década que se inicia entre os artistas mais consistentes de uma nova e incrível geração que se acena, em tempo tão difíceis para o mercado cultural brasileiro…  

“GOELA ABAIXO”

12 – Jade Baraldo – “MAIS DO QUE OS OLHOS PODEM VER”

Como é gratificante ver uma artista POP surgir, explorando forte a sensualidade, mas sem apelar para fórmulas fáceis e recorrentes. É difícil acreditarmos que esse universo de mediocridade e obviedade ainda seja absorvido por uma massa… ENTREGA é a palavra que define a tônica desse disco! De participante do programa “The Voice Brasil” com apenas 18 anos, até o provocativo single “Brasa”, e a apresentação no palco “Supernova” do ROCK IN RIO 2019, o amadurecimento se mostra gritante neste “Mais Do Que os Olhos Podem Ver“. De família artística, o canto e a música sempre se mostraram presentes, o consistente trabalho autoral não é a toa! Alternando beats eletrônicos e acordes de MPB, com temáticas atuais que abordam relacionamento abusivo, opressão contra as mulheres, raiva, desejo e sensualidade crescem em um formato muito natural. Recentemente participou da atualização de “Lora Burra” (HIT do início dos anos 90) do Gabriel O Pensador, para “Evolua”, com o rapper carioca fazendo uma “mea culpa” sobre o machismo da canção… Jade cria uma sonoridade única, absorta simultaneamente entre o experimental indie e o pop chiclete. Aliás o clipe de “Perigo” alenta-se em ser o mais sedutor do ano, VEJAM! Uma aura libertária embalada por versos como “Eu sou indomável, nem eu posso me parar, um tipo de espécie que é difícil de encontrar, querem a minha pele, ninguém me quer pra criar! Avanço e mordo se tentarem me atacar, e não tenho medo de ser quem eu sou, Nem tenho vergonha nenhuma de expor, me jogo, me lanço, não tenho pudor, cuido dos meus vícios e do meu amor…” Estreia para ninguém botar defeito Jade!


“MAIS DO QUE OS OLHOS PODEM VER”

13 – Boogarins – “SOMBROU DÚVIDA”

A cena alternativa goiana se especializando em psicodelia de altíssimo nível! Ano passado, “Tônus” do Carne Doce entrou na nossa relação dos melhores lançamentos do ano também com esse viés, e agora os conterrâneos do Boogarins, com esse trabalho de absorta sofisticação sonora. Esse quarto registro de estúdio, gravado no Texas, definitivamente é para ser ouvido e recompreendido em várias variantes variáveis de audições e mais audições. Não que a beleza da sonoridade “clean” demore tanto a ser venerada, mas a percepção de todas as camadas e ações inusitadas que passam quase imperceptíveis, escondidas por entre as brechas do disco, só tornam o conceito ainda mais instigante. Concebido sobre climas instrumentais lisérgicos, vozes sobrepostas, ruídos e captações abstratas, o texto traz fragmentação existencial, discussão da superficialidade nas relações humanas e um processo de imersão no caráter artístico em questão, levando a contextualizações de certeza e dúvida. Um reduzido catálogo poético entregue à reinterpretação do próprio ouvinte. Goiás, também quero beber dessa água e ter SONHOS como esse de “Sombrou dúvida”, e estando sempre a frente do seu próprio tempo! Não é a toa que a repercussão internacional está chegando com força total…


“SOMBROU DÚVIDA”

14 – Francisco Hel Hombre – “RASGACABEZA”

“Taca gasolina na tua monotonia!” “Acende, acorda, acordaaaa!” “Aqui dentro tá quente!” As frases e os chamados já denotam um indicativo: a coisa LITERALMENTE pega FOGO nesse disco!!! Aliás é a metáfora que rege a temática primordial que permeia o álbum, influenciados pelo principal adjetivo que as apresentações ao vivo do grupo tem: INCENDIÁRIAS! “Nossos shows são muito catárticos, sempre entregamos tudo no palco e sentimos que estávamos caminhando para esse estilo explosivo, então decidimos buscar a inspiração no punk, não somente na sonoridade, mas na atitude”, diz o vocalista e guitarrista da banda, Mateo Ugarte. A criação coletiva tem indulgência de frenesi sonoro, clima total “pauleira”, onde a mistura de MPB, música latina e rock, já conhecida do público, recebe elementos da música eletrônica, o que mostra claramente nesse segundo álbum, uma evolução sonora perceptível. E a crítica social é claro que se manifesta em chamas, como já é de praxe no discurso do FHH. “Já sei pra onde vou, vou sentir o calor da ruaaa!” Com certeza Francisco Hel Hombre, esse repertório nos shows terá a potência de um lança-chamas no público!


“RASGACABEZA”

15 – Teago Oliveira – “BOA SORTE”

Sabe aquele disco de tom intimista conversando diretamente conosco, com aquele jeitinho minimalista de composição que vai nos transbordando de emoção a cada canção, e principalmente após cada audição? Pois é… As composições em “Boa Sorte” são envolvidas em elementos que proporcionam uma paisagem sonora antiga, como mellotron, cordas e tambores. Além de uma estética mais acústica percussiva, experimentando texturas que fogem do convencional, como a tríade guitarra, baixo e bateria. Podemos dizer que é um disco clássico envolto sobre o que a sigla MPB suscitava quando surgiu, por isso o tom saudosista. O vocalista e principal compositor da banda baiana Maglore, em sua estréia solo, é muito feliz por esse apanhado de composições de tom introspectivo, o vocal suave (com ecos de Clube da Esquina) nos passando sem pressaaaaa nenhuma histórias de saudade, relacionamentos fracassados, memórias e conflitos intimistas, alguns em sutil tom político. Como exceção, “Corações em Fúria (Meu querido Belchior)”, e seu arranjo de cordas mais grandiloquente, com uma explosão que foge da confessionalidade do álbum. Primoroso trabalho Teago Oliveira!!!!

“BOA SORTE”

Álbuns que poderiam estar aqui: Céu – “APKÁ”, Juliana Perdigão – “FOLHUDA”, Emicida – “AMARELO”, Jonas Sá – “BLAM!BLAM!BLAM!”, Clarisse Falcão – “Tem concerto”

Decepção do ano: O novo do Los Hermanos. Peraí, não teve lançamento né? Só maissss uma turnê caça-níquel, dessa vez DOIS ANOS depois da última. Queridos, renovaram o público, mantém status de lenda, então para de fazer o povo de trouxa! Gravem logo um material inédito do grupo ou vão fazer as suas coisas. Banda com vinte discos no catálogo fazer isso a gente até entende, mas com quatro, É SACANAGEM!

Por Alessandro Iglesias

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