Paço Imperial recebe exposições de três artistas

Dia 13 de setembro, quinta-feira, às 18h30, o Paço Imperial, centro cultural do IPHAN, recebe exposições individuais de três cariocas. Dirigido por Lauro Cavalcanti, as mostras ficam em cartaz até 25 de novembro de 2012.

No térreo, Cristina Salgado apresenta a instalação “Ver para olhar”, na sala Terreiro do Paço. O espaço é composto por 28 cadeiras, bancos e poltronas, em uma fila mais ou menos organizada, e sobre cada assento, encontra-se uma caixa antropomórfica de madeira com dimensões variadas. Duas linhas horizontais, um facho de luz e uma longa lança de aço atravessam as caixas por cerca de 20 metros e atingem também a última poltrona, que tem a função de servir como uma espécie de anteparo para a luz projetada, revelando assim a imagem que percorreu todo o caminho e venceu os obstáculos. A imagem é de uma mulher grande, de mãos entrelaçadas com sua filha pequena.

O título do trabalho de Cristina “Ver para olher” é um trocadilho com a expressão conhecida popularmente como “ver para crer”. Essa analogia coloca olhar entre o substantivo e o verbo e o conecta com crer, relacionando-o a uma esfera mais obscura, menos explicável. “Desejo conectar, dessa forma, absurda, meu trabalho, ao sagrado. Estou construindo uma imagem encarnada”, pontua a artista.
Luiz Aquila ocupa o primeiro pavimento, com a retrospectiva “Quase tudo: a never ending tour”, celebrando 50 anos de carreira, com 200 obras. Sob curadoria de Lauro Cavalcanti, a retrospectiva de Luiz Aquila marca meio século de carreira nas artes plásticas e seus 70 anos de idade, cobrindo o período de 1962 a 2012, com 200 peças ocupando sete salas do Paço, entre pinturas, gravuras, desenhos, colagens e ilustrações para livros.

Sua obra representa a celebração do ato de pintar. Um processo que se instaura criando um universo próprio que propõe um diálogo com soltura, compressão e tensão, fronteiras e invasões, paredes e pontes, ordem e anarquia, como descreve o curador na abertura do texto de apresentação da mostra.
A exposição estará montada por afinidade entre os trabalhos: 80 desenhos de todas as décadas e de várias técnicas formarão uma linha do tempo; um conjunto de obras com predominância do preto, cor rara na produção do artista; trabalhos inéditos; pintura ainda em processo, e obras de grandes dimensões de coleções particulares e dos museus MAM Rio e MAC Niterói.

Por fim, em todo o segundo pavimento, Roberto Magalhães expõe 174 trabalhos sobre papel de 1958 a 2012, na mostra “Quem sou, de onde vim e para onde vou” que é o título de um pastel de 1992, de Roberto Magalhães. Assim vai se chamar também esta individual que celebra os 50 anos de carreira nas artes, considerada a data de sua primeira exposição, 1962.

Ocupando quatro grandes salas, a mostra reúne 174 desenhos de todas as técnicas: óleo,pastel, guache, aquarela, grafite, nanquim, lápis de cor e até esferográfica. As seleções escolhidas saíram de um conjunto de cerca de três mil obras sobre papel da coleção particular do artista, datados de 1958, ano do primeiro desenho profissional até osinéditos de 2012.

 

Confira a Programação

Três individuais: Cristina Salgado | Luiz Aquila | Roberto Magalhães
Paço Imperial
Abertura: quinta-feira, 13 de setembro, 18h30
Temporada: 14 de setembro a 25 de novembro de 2012
Terça a domingo, 12 às 18h
Grátis

 

Por Juliana L. Farias

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