PARADISE LOST empolga no teatro Rival

O PARADISE LOST tem uma importância em sua longa trajetória que dispensa maiores comentários… Simplemente é um dos baluartes na criação dessa sonoridade que promove uma simbiose de provendos mais soturnos, com letras melancólicas (o dito Gothic Rock), com o Heavy Metal e todas as suas subdivisões. Em determinado momento também flertaram com a música eletrônica, renovando seu público e conquistando mais uma grande leva de fãs pelo mundo.

Mas o momento recente é deveras especial. O disco anterior (“The Plague Whitin”, 2015) foi muito bem avaliado por público e crítica, e podemos dizer que figura facilmente entre os cinco melhores da banda. Na turnê passada, pudemos vislumbrar o impacto dessas canções aqui no Rio de Janeiro em uma apresentação no Imperator (2016). O show foi incrível, e o PARADISE LOST se mostrava no mesmo auge que figurou em vários momentos épicos de sua carreira.

E com o lançamento de “Medusa” (2017), podemos dizer que os precursores do estilo deram um passo adiante, no que o antecessor já tinha entregado em relação a revisitar os primórdios do bardo.

Basicamente temos uma sonoridade DOOM, em sua quintessência: sombria, pesada, arrastada e caótica, com grande incidência dos vocais mais guturais.

A partir do lançamento de “Medusa”, a banda voltou a marcar presença nos principais charts dos EUA, Europa e Reino Unido, com grande repercussão!

E o que podemos dizer sobre a apresentação do dia 31/08, no teatro Rival? Um “massacre” sonoro!

Fazendo um contraponto com a apresentação do Imperator, a fase “dançante” foi representada apenas pelos hinos da “geração DDK”, “Erased” e “Say Just Words” (onde a casa com bom público veio abaixo!). No geral, quase todos os álbuns da vasta discografia foram representados, como “Embers Fire” (ICON), “Forever Failure” (DRACONIAN TIMES), “Gothic” (disco homônimo), “Requiem” (IN REQUIEM), entre outras…

Mas as canções preponderantes em contribuir para a atmosfera pesada e caótica do show foram dos dois últimos petardos  (“An eternity of lies” e “No hope in sights” de THE PLAGUE WHITIN, e “From the Gallows”, “Medusa” e “The Longest Winter”, de MEDUSA).

Uma bela “porrada” sonora que só teve um senão: o gostaço de QUERO MAIS! Sim, o show foi curto, aproximadamente 1h30, diluído em 16 canções. Euforia e desapontamento simultâneos, que não tiraram o brilho da bela apresentação.

Nick Holmes (vocal), Greg Mackintosh e Aaron Aedy (guitarras), Steve Edmondson (baixo) e Walttery Wärinen (bateria), mostraram que o PARADISE LOST está “TININDO” e merece todos os louros!

 

 

 

 

 

 

Foto por Daniel Croce

Texto por Alessandro Iglesias

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