Paralamas do Sucesso e Capital Inicial lotam Fundição Progresso

No último sábado (16) a Fundição Progresso cedeu o local para o evento LAPARADISO, que desta vez uniu Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. Com os ingressos esgotados se tinha a certeza de casa cheia. 

Próximo a meia-noite, “Sem Mais Adeus” deu abertura ao show dos Paralamas. Em “Óculos” a plateia ficou bem agitada repetindo o refrão em bom som. O clima mais romântico se aproximou e se observava muitos casais mais juntos em “Cuide Bem do Seu Amor” e “Tendo a Lua”.

Sucessos como o “Melô do Marinheiro”, “Meu Erro”, “Lanterna dos Afogados” e “Uns Dias” agitaram e agradaram bastante.

O vocalista Herbert Vianna fez questão de mencionar que a música que vinha em sequência foi resultado de uma parceria com o cantor Gilberto Gil, que foi “A Novidade”. As já consagradas “Lourinha Bombril”, “Alagados” e “Uma Brasileira” empolgaram e encerram a primeira parte do show. “Cinema Mudo” fechou a apresentação da banda que com o título pertinente, não é de falar muito em cima do palco, mas que por onde passa se percebe o respeito e admiração que todos têm.

Com uma taça de vinho na mão e um grande sorriso no rosto, Dinho Ouro Preto sobe ao palco para iniciar a apresentação do Capital Inicial. Ao final da primeira música já se podia notar que irreverência seria a palavra da noite. O vocalista, que estava nitidamente muito animado, se jogou no público onde foi retirado rapidamente pelos seus seguranças. Dinho agradeceu a presença de todos e logo emendou com “Natasha” que é um dos maiores sucessos da banda, deixando os fãs eufóricos e cantando em coro.

O grande destaque do show foi embalado por “Como Devia Estar”, quando Dinho perguntou aos presentes se eles conseguiriam carregá-lo até o fim da Fundição e o trazer de volta da mesma maneira. Era notória a preocupação da equipe de segurança que tentou impedir na primeira tentativa, porém desistir não parecia uma opção para o cantor. Com o microfone na cintura, Dinho se jogou mais uma vez na plateia e dezenas de mãos se levantaram para carregá-lo. Deitado sobre o público e no meio do caminho continuou a canção e sem completar o seu planejado percurso, foi levado de volta ao palco. Ainda sem entender o que tinha acontecido e dominados pela emoção, os fãs gritaram o nome do cantor repetidas vezes em conjunto com aplausos.

O líder do grupo estava muito a vontade e elétrico no palco, onde segundo o próprio estava em seu momento “Amy Winehouse” e prometeu se comportar, pois estava quase tirando “farinha do cabelo”, o que cabe a interpretação de cada um.

Dinho fez questão de falar que muitos o associam apenas ao Legião Urbana, porém mencionou que Paralamas do Sucesso foi uma das maiores influências da banda e que sentia muito orgulho por estarem tocando no mesmo evento.

“Should I Stay Or Should I Go” da banda The Clash deu continuidade e foi seguida por “Música Urbana” quando Dinho, já famoso pelos seus discursos contra políticos, levanto o cartaz com a frase: “Mente vazia oficina do (diabo) governo”. Em “Fátima”, o cantor trocou de blusa com uma fã e vestiu a estampa da Legião Urbana, onde nem percebeu o corte feminino que a roupa trazia.  Continuando o “Rock Brasília”, a banda canta “Mulher de Fases” dos Raimundos. Dinho chamou um fã para subir ao palco e continuar a cantar. O rapaz aproveitou o momento e percorreu pulando e cumprimentando todos enquanto cantava.

“Que País é Esse?” e a “À Sua Maneira” foram as últimas antes do Bis. Os músicos ainda se preparavam para retornar, mas Dinho se adiantou e improvisou uma versão de “Por Enquanto”. “Fogo”, “Whole Lotta Love (Led Zeppelin) e “Passageiro” encerram a apresentação.

A banda se despediu e todos, exceto Dinho, se retiraram. O vocal ainda muito eufórico, contou um pouco sobre a formação da banda, deu sua opinião sobre o governo e agradeceu mais uma vez a todos pela noite. Cumprimentou os mais próximos ao palco, quando finalmente deixou o local.

O Capital Inicial é uma das bandas nacionais mais animadas ao vivo e isso ficou claro nesta sua apresentação.