Ponto de Equilíbrio volta ao Circo Voador com mais um show da turnê do DVD “Juntos Somos Fortes”
Na noite do último sábado (29), o reggae da banda carioca Ponto de Equilíbrio espalhou pelo Circo Voador toda a sua positividade e manteve seu público fiel em mais uma apresentação da turnê de lançamento do DVD “Juntos Somos Fortes”, lançado no ano passado, no próprio Circo Voador. A casa estava bem cheia, numa noite linda e com clima agradável, que reuniu fãs de outras cidades e países, e de diferentes faixas etárias.
Com mais de 10 anos de estrada, 3 discos gravados em estúdio e músicas de beleza indiscutível, os meninos de Vila Isabel — Zona Norte do Rio — ainda mantêm sua formação inicial, que conta com os músicos Hélio Bentes (Vocal), Lucas Kastrup (Bateria), André Sampaio (Guitarra / Backing Vocals), Marcelo “Gracia” (Percussão), Tiago Caetano (Teclados), Marcio Sampaio (Guitarra) e Pedro “Pedrada” (Baixo), fazendo de sua música uma forma de expressar mensagens de igualdade, amor e justiça, assim como na filosofia Rastafari. Pode parecer estereótipo de um grupo de reggae, mas além disso, a banda tem grande influência de dub, samba e ritmos africanos, sem falar na presença e na voz inconfundível de “Helinho”, como também é chamado o vocalista.
Sempre empenhados em dar o melhor de si, os músicos proporcionam momentos inesquecíveis aos seus fãs mais antigos e também aos recentes, mostrando que vieram pra arrebentar em cada uma de suas apresentações, como fizeram mais uma vez, no último sábado, no Rio de Janeiro.
A abertura ficou por conta do grupo Dubatak, comandado por Mateus Pinguim e Leo Flores. Logo em seguida, enquanto o Ponto entrava em cena num cenário colorido e iluminado, especialmente pelas cores verde, amarelo e vermelho, o músico e amigo da banda Kuky Lughon, fez uma breve introdução ao lado dos cariocas, assim como no DVD, o que deixou o público cada vez mais entusiasmado para o show. Depois disso a banda emendou na música “Odisseia na Babilônia”, que fez a abertura da sequência de sucessos tocados, entre eles “Árvore do Reggae”, “Verdadeiro Valor”, “Janela da Favela”, etc. Entre uma música e outra, as mensagens eram de paz e harmonia. O intuito da banda era fazer o público se sentir à vontade, como se cada um estivesse em sua própria casa. De fato, foi o que conseguiram!
O clima era de tranquilidade — diferente do agito que costuma-se ver nas noites do Rio, principalmente na Lapa — mesclado com momentos de extrema euforia, quando ao longo da apresentação, diversos parceiros e amigos da banda tiveram a oportunidade de participar, cantando e dançando, nessa festa tão linda.
Outras músicas também marcaram a noite; ”Santa Kaya”, teve seu próprio gancho utilizado como argumento sobre o uso da maconha como erva medicinal, cultural e religiosa. Embora esse seja um assunto bastante polêmico, que gera opiniões divergentes e passionais, o público demonstrou apoio à cada palavra. “Soul Rebel”, que é do Bob Marley, mas há muito tempo já faz parte do repertório e, até mesmo, de um dos CDs da banda, o “Abre a Janela”, de 2007. “Vila Isabel”, traz a essência e o temperinho dos rapazes, homenageando o bairro boêmio, um dos berços da música popular. “Aonde Vai Chegar” fechou com chave de ouro, em uma nova versão para uma velha canção, como assim disse Helinho.
Texto: Jessica Coccoli
Fotos: Divulgação