Rio Cello chega a sua 24º edição, com espetáculos gratuitos nos principais espaços culturais da cidade

Desde o dia 7 de agosto a cidade do Rio de Janeiro voltou a ser sede do Rio International Cello Encounter, que chega a sua 24º edição apostando na multiplicação das linguagens do violoncelo, reinventando usos e formas de sua aplicação para além do repertório de câmara. O festival internacional, que há mais de duas décadas promove concertos de expoentes nacionais e internacionais da música, dança e artes visuais, vai promover, até o dia 20 de agosto, atrações gratuitas em importantes palcos culturais da cidade e também em outras localidades, como Niterói, Volta Redonda, Cabo Frio e Florianópolis. Teatros, centros culturais, igrejas, museus e parques são os palcos preferencias do Rio Cello. Idealizado e capitaneado pelo violoncelista inglês David Chew, desde a sua primeira edição, em 1994, o Rio Cello traz em sua programação, além de concertos, espetáculos de dança, exposições de arte, masterclasses e workshops.  Quase tudo inteiramente gratuito.

Neste ano, o festival vai receber o violoncelista alemão Marnix Mohring e a brasileira Kely Pinheiro, nascida na Comunidade da Grota, em Niterói, e em campanha de arrecadação para os custeios de sua bolsa de estudos para estudar música em Berklee, Boston. Outras grandes atrações darão o tom do festival, como a apresentação do Rice Cello Ensemble, da London Music Club Piano Quartet, do Blas Rivera Quarteto, Orquestra de Violoncelos e Contrabaixos de Volta Redonda, Quarteto Ad Libitum, da Colômbia, dentre muitos outros.

O Cello Dance, em sua 12ª edição, vai receber o projeto Frequência Modulada, reunindo, no Museu do Amanhã, dia 12 de agosto, domingo, o violoncelista Yaniel Matos, o DJ Muralha e os bailarinos Danilo D’Alma e Pâmela Sobral, em performances de dança contemporânea e street dance com elementos eletrônicos e cello.

Radicado e apaixonado pelo Brasil há 35 anos, David Chew está comemorando seus 50 anos de carreira firme no seu propósito de popularização da música clássica e homenageando o maestro Villa-Lobos, sua maior inspiração. “Nossa intenção é levar o poder de transformação social da música a espaços públicos e comunidades. No início, era um encontro de violoncelistas, mas o projeto cresceu e hoje recebe diversos instrumentos e múltiplas linguagens artísticas. Desta forma o festival alcança seu principal objetivo que é incluir a música na vida diária de todas as pessoas”, declara o músico.

Em 24 anos o festival bateu todos os recordes de público em eventos de música clássica no Brasil. Os números são impressionantes: 550 mil espectadores, 12 mil músicos, 900 concertos, 650 horas de workshops e masterclasses. Ao longo de sua extensa trajetória o Rio Cello consolidou-se como uma grande plataforma multicultural no qual música, dança, poesia, artes plásticas e cinema que integram um evento de grande sofisticação artística e responsabilidade social.

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