Saiba tudo sobre o terceiro e último dia do Nos Alive
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O NOS Alive 2024 chegou ao seu terceiro e último dia de forma memorável, repleto de performances incríveis, começando com os The Breeders, que abriram o palco principal com uma energia contagiante e uma boa dose de nostalgia. Liderados por Kim Deal, a banda trouxe ao público uma série de clássicos do rock alternativo dos anos 90, como “Cannonball” e “Divine Hammer”. A autenticidade e a força das apresentações vocais de Kim, combinadas com os riffs de guitarra característicos, criaram uma atmosfera vibrante e mostraram que o grupo ainda possui uma relevância significativa na cena musical contemporânea.
Em seguida, os Blasted Mechanism levaram os presentes a uma viagem intergaláctica com seu show visualmente impressionante e sonoramente diversificado. Conhecidos por sua estética futurista e trajes extravagantes, a banda portuguesa misturou rock, eletrónico e world music de maneira única. Canções como “Battle of Tribes” e “Mind at Large” destacaram-se no setlist, cativando tanto fãs antigos quanto novos com sua mistura hipnotizante de ritmos tribais e batidas eletrônicas pulsantes. O concerto foi uma experiência multisensorial que reforçou a originalidade e a inovação contínua do grupo.
Quando os Sum 41 entraram em cena, o palco do NOS Alive foi tomado por uma explosão de punk rock. A banda canadiana, liderada por Deryck Whibley, incendiou a audiência com hits como “Fat Lip,” “In Too Deep” e “Still Waiting”. A energia contagiante e a performance dinâmica de Whibley, aliadas aos poderosos riffs de guitarra e à bateria intensa, mantiveram o público em constante movimento. A entrega visceral e a interação carismática com os fãs fizeram do concerto uma celebração eletrizante do punk rock, reafirmando a relevância contínua de Sum 41 no género.
Deryck interagia com o público a todo momento e inclusive incentivava que todos pulassem e cantassem, a viver o momento!
Encerrando a noite de maneira épica, os Pearl Jam subiram ao palco para uma performance inesquecível que coroou o NOS Alive 2024. Liderada pelo carismático Eddie Vedder, a banda icónica de Seattle entregou um setlist que passeou por sua vasta discografia, incluindo clássicos como “Alive,” “Even Flow” e “Black,” bem como faixas mais recentes. A profundidade emocional das letras, a intensidade das performances instrumentais e a voz poderosa de Vedder criaram momentos de pura magia musical. Houve ainda dois momentos de covers, quando ao falar da situação atual do mundo, Eddie Vedder disse não tocar sempre esta determinada canção, mas que ela fazia todo o sentido e assim, a banda tocou “Imagine”, de John Lennon. Mais adiante, foi a vez de “Rockin’ in the free world”, de Neil Young, antes mesmo de “Yellou Ledbetter”, que encerrou a apresentação.
A conexão visceral entre banda e público foi palpável, resultando em um encerramento apoteótico que reafirmou os Pearl Jam como uma das maiores bandas de rock de todos os tempos.
Palcos Secundários
O NOS Alive deste ano proporcionou uma experiência inesquecível com uma programação diversificada que agradou a todos os gostos. Os diversos palcos do festival apresentaram um espetáculo de música, comédia e cultura que deixou o público animado do início ao fim.
No palco Heineken, as apresentações foram intensas e eletrizantes. A banda Black Honey abriu a tarde com seu indie rock energético, cativando a audiência com sucessos como “Corrine” e “Spinning Wheel”. Em seguida, Alec Benjamin trouxe um clima mais intimista com suas baladas emocionantes. Sua performance de “Let Me Down Slowly” foi um dos pontos altos do dia, com muitos fãs cantando junto. Para fechar a noite com chave de ouro, The Cat Empire incendiou o palco com sua fusão única de jazz, ska e rock. A energia contagiante da banda australiana fez todos dançarem sem parar, especialmente durante “Hello” e “Brighter Than Gold”.
No Palco WTF Clubbing, o ambiente era de pura festa. Ella Knight abriu as atividades com um set repleto de grooves envolventes, preparando o terreno para a DJ Matisa, que elevou a temperatura com suas batidas eletrônicas e remixes hipnotizantes. O ponto alto da noite foi Allan Dixon, cujos sets ecléticos e cheios de energia transformaram o palco em uma verdadeira pista de dança, fazendo todos vibrarem ao som de seus mashups criativos.
O palco de comédia foi uma atração à parte, trazendo momentos de muitas risadas e descontração. Sob o comando do host Luís Pinheiro, o público foi agraciado com apresentações hilariantes. Joana Gama trouxe seu humor ácido e observacional, arrancando gargalhadas com suas tiradas sobre o cotidiano. Manuel João Vieira surpreendeu com seu estilo irreverente e performances teatrais. Fernando Rocha, como sempre, foi um sucesso com suas piadas populares e interação calorosa com a plateia, fechando o show de comédia em grande estilo.
O Palco Coreto, dedicado a novas descobertas e talentos emergentes, teve uma programação encantadora. A banda Capital da Bulgária trouxe um som fresco e alternativo, encantando com suas melodias cativantes. Isa Leen, com sua voz poderosa e presença de palco magnética, apresentou um repertório impressionante de músicas autorais. Groove Amanda encerrou a programação do Coreto com uma performance vibrante, misturando jazz, soul e funk, que fez todos se levantarem para dançar.
No Palco Fado Café, a noite foi dedicada à tradição e à emoção do fado. Nani Medeiros encantou o público com sua interpretação sentida de clássicos do fado, enquanto Miguel Moura trouxe um toque moderno ao gênero, conquistando a todos com sua voz profunda e performances emocionantes.
O NOS Alive deste ano foi, sem dúvida, um festival memorável. Com uma seleção diversificada de artistas e atrações, conseguiu proporcionar uma experiência rica e variada para todos os presentes, celebrando a música, a comédia e a cultura de maneira única e envolvente.
A próxima edição já tem data e decorre nos dias 10, 11 e 12 de julho, no mesmo recinto.
Conferência de Imprensa
Também no último dia, decorreu a conferência de imprensa para avaliar e balancear o festival, que, de acordo com Álvaro Covões, Fundador e diretor-geral da Everything Is New, que idealiza e produz o Nos Alive, cumpriu o seu objetivo e mostrou estar no caminho certo, tanto no que diz respeito à promoção da cultura em geral, quanto às atrações musicais selecionadas para o festival. Covões enfatizou a necessidade de dar palco às diferentes formas de arte, como por exemplo a comédia e também a diversidade de estilos, como se pôde ver no palco Fado Cafe.
Isaltino Morais, presidente da CM Oeiras, patrocinadora do evento, também participou da conferência e associou o festival às melhorias estruturais e urbanas da zona, prometendo ainda mais para os próximos cinco ou seis anos. Um dos responsáveis pela NOS, também patrocinadora do festival, destacou a presença de uma cobertura maior no recinto e a utilização da tecnologia 5G para, inclusive, proporcionar a alguns deficientes auditivos, sentirem a vibração dos concertos através de um colete especial, como aconteceu na apresentação de Dua Lipa.