Seether faz show para público reduzido no Centro do Rio

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A linda e quente noite de sábado(18), no Centro do Rio, não fez com que os fãs da banda da África do Sul, Seether, se deslocassem e lotassem o novo local da apresentação na Sacadura Cabral 154. O show que seria na famosa casa de espetáculo, Citibank Hall, teve seu local alterado para o Centro, o que fez parecer ter contribuído para que  muitas pessoas desistissem de ir. Ou não! De repente, as vendas foram baixas!!?? O que se sabe, realmente, é que por decisão do próprio grupo, mudaram o lugar e quiseram tocar num clube para fazer algo mais intimista, mais próximo do público, como se fosse um pocket show. A ideia foi boa, mas nem a metade do clube estava ocupada e era nítido que só quem estava lá no miolo, realmente, queria assistir aos sul-africanos. O restante dos presentes parecia mais estar ali só por curtição, para namorar,  tirar selfie ou não sabia o que estava acontecendo. É estranho, porque eles estouraram no mundo todo em 2002 com a música Broken, que teve participação da vocalista do Evanescence, Amy Lee, que na época era namorada de Shaun Morgan (vocal) e com canções sendo constantemente tocadas nas rádios rock no Brasil. Era para estar cheio, mas não foi o que aconteceu.

A apresentação faz parte da turnê do disco “Isolate and Medicate”, que excursiona o mundo e que agora passa pelo Brasil. O som deles é uma mistura de Nirvana com vocal de Eddie Vedder (Pearl Jam), e chamam de post-grunge ou pós-grunge. Ou seja, é a nova geração do estilo tentando manter a chama acesa.

A banda entrarouno palco às 22h09, e abriram com Gasoline, Needles, Rise Above This e mais uma sequencia com onze músicas, incluindo, os hit singles Remedy, Words As Weapon, e claro, Broken. Ah, houve um solo de bateria de John Humphrey com direito a tocar com as mãos, igual o John Bonham (Led Zeppelin). O cara é bom. Tem domínio e pegada. Porém, não foi algo necessário e estava totalmente fora de contexto. Aliás, todos os músicos são ótimos, são bem entrosados e as músicas são interessantes. Mas, mesmo assim, ainda não é uma banda que vai salvar o rock and roll. Principalmente pelo fato de o vocalista não ter muito carisma, o que é fundamental para cativar a plateia num todo. Como dito antes, só quem estava amando o show, era o pessoal que estava na fila do gargarejo, ou melhor, no miolo, pulando e cantando todas as músicas. Adoraram tudo.

Por fim, não teve bis, mas os fãs saíram satisfeitos e felizes. O cantor prometeu voltar em breve. Parece que gostaram da galera e da animação dos pouquíssimos presentes. Quem sabe, com mais organização e sem mudanças de local, não enche na próxima vez??

Por Milena Calado

Fotos: Daniel Croce

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