O público carioca realmente quis participar ativamente das festividades referentes aos 15 anos de formação da banda finlandesa SONATA ARCTICA. Em plena segunda-feira (17/03), não teve tempo ruim, nem xurumelas, e com o Teatro Rival lotado mostrou que o prestígio do grupo continua nas alturas em “terras brasilis” para com os amantes do Heavy Metal. Contribui bastante para esse fenômeno o fato de que mesmo estando com o lançamento mundial do 8ª álbum da sua discografia marcado para o dia 28 desse mês, o repertório que solidificou a carreira “árctica” permeia todo o set-list dessa apresentação, não dando espaço para novidades. Praticamente um “Greatest Hits”, para alegria geral dos “camisas-preta”!
Ao apagar das luzes, intro climática e delírio absoluto da garotada (público com surpreendente baixa faixa etária para uma banda que comemora 15 anos de estrada), com a execução da ótima “The Wolves Die Young”. Como sempre em se tratando do Teatro Rival, o som baixo inicial que vai se acertando ao longo da apresentação… De cara já percebemos a qualidade do vocal de Tony Kakko, que se manteve em nível altíssimo por toda a apresentação. Aliás toda a banda merece louvor pelo seu apuro técnico, mas podemos destacar a precisão absurda do baterista Tommy Portimo e as incursões atmosféricas de muito bom gosto promovidas pelo tecladista Henrik Klingeberg.
Aliás, em composições mais “densas” e cadenciadas, como “Sing in Silence”, “White Peall, Black Oceans”, e a baladaça “Last Drop Falls”, é que conseguimos perceber certo diferencial em cores épicas, fazendo contraponto ao característico e muitas das vezes clichê Power Metal com pitadas de Progressivo.
Mas a audiência composta por fanáticos queria mesmo é se esbaldar nas animadas “Full Moon”, “Victoria’s Secret”, “Paid in Full”, e “Losing myInsanity”, onde o dito “Metal Melódico” é levado ao nível “classicoso” mais extremo, a exemplo dos precursores Helloween e Gamma Ray. E com o povo se acabando horrores, era nítida a surpresa dos finlandeses (apesar da recente visita ao Brasil) com a energética acolhida durante o longo set de 22 canções.
Ao término, com a belíssima “Broken” (talvez a melhor música da banda), a chave de ouro para a satisfação abrupta de todos os presentes, ensopados de suor e bem felizes, TODOS com largo sorriso no rosto ao sair. E pensar que no dia seguinte ainda terá mais!!! Com certeza muitos voltarão para repetir a dose… E pela satisfação aparente dos integrantes do SONATA ARCTICA, fatalmente os invernos com 30 graus abaixo de zero, serão trocados mais vezes pelo calor “brazuca”.