Sucesso dos palcos brasileiros, o espetáculo “Nefelibato” comemora cinco anos em cartaz com nova temporada, a partir de 7 de julho.
Pelas ruas da cidade, Anderson oscila entre a lucidez e a loucura – ele hoje é apenas a sombra de um homem outrora bem-sucedido, mas que perdeu tudo: sua empresa, todas as suas economias, o grande amor da sua vida e um parente querido. Na fronteira com o delírio, mas ainda capaz de lampejos de sabedoria, essa pungente figura é interpretada pelo ator Luiz Machado no solo “Nefelibato”. Escrito por Regiana Antonini, dirigido por Fernando Philbert e com supervisão artística de Amir Haddad, o monólogo celebra cinco anos em cartaz com nova temporada a partir de 7 de julho. A peça será apresentada no Teatro PetraGold, no Leblon, e virtualmente, com ingressos pelo Sympla (www.sympla.com.br/eventos?s=nefelibato&tab=eventos) ou na bilheteria com até 1h de antecedência para plateia presencial.
A trama é ambientada na década de 90, mas dialoga muito com o Brasil de hoje. Em cena, os efeitos devastadores do Plano Collor, que levaram Anderson a se tornar morador de rua. O país voltava a ter um governo eleito democraticamente e a inflação galopante exigia medidas drásticas. A saída da nova equipe econômica foi confiscar parte da caderneta de poupança da população, o que levou milhares de brasileiros ao desespero e à bancarrota. Muitos enlouqueceram. Esse é o caso de Anderson, que ainda amarga outras perdas em sua vida.
Com 25 anos de carreira (incluindo teatro, TV e cinema), Luiz Machado tem em “Nefelibato” o primeiro monólogo. “Anderson é alguém que vive situações limite. Um equilibrista no fio tênue entre lucidez e loucura, vida e poesia”, diz o ator. “Ele vai morar na rua nos anos 90, quando perde dinheiro e família, mas suas reflexões se encaixam muito bem no período em que estamos vivendo. Ele fala sobre as relações humanas, como as atitudes que nós tomamos sem pensar muito são individualistas. Durante essa pandemia, confinados em casa, tivemos a oportunidade de refletir a fundo sobre as relações sociais e o egoísmo que nos cerca”, acredita Luiz Machado.
O quanto de loucura é necessário para o ser humano não perder a própria vida? Essa pergunta acompanhou o diretor Fernando Philbert ao longo do processo da montagem. “Quis tratar do instinto de sobrevivência que o ser humano tem e esquece que tem. Viver na rua é o caminho que ele encontrou para continuar vivo”, destaca o diretor.
Trechos de críticas
Luiz emociona com o olhar. Penetra na alma e nos faz questionar, em plena área de cracolândia paulistana, onde Nefelibato está em cartaz, toda a realidade que tentamos fazer invisível está ali e coexiste com a cidade. – Kyra Piscitelli, site Aplauso Brasil
Anderson é alguém que vive situações-limite – um equilibrista no fio tênue entre lucidez e loucura, vida e poesia. Luiz Machado encarna com força e maestria um homem visceral. Um louco? Quem sabe? Ou alguém que não se submete? Alguém que escolhe andar no mundo da lua, pois a realidade pode ser mortal? – Claudia Chaves, site Lu Lacerda
Luiz Machado
Com 25 anos de carreira, Luiz Machado formou-se ator pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio) em 1994. No teatro, trabalhou em 37 peças, tendo produzido quatro delas. Trabalhou com diretores como João Bethencourt (de quem foi também assistente em “Como matar um playboy”), Maria Clara Machado, Domingos Oliveira, João Fonseca, entre outros. Em 2016, estreou “Nefelibato”, seu primeiro solo, no Porão da Casa de Cultura Laura Alvim.
Na TV, fez parte da série “Z4” (Netflix) e integrou a segunda temporada da série “Magnifica 70” (HBO), com direção de Claudio Torres. Protagonizou a série “Família imperial”, coprodução do Canal Futura com a TV Globo, com direção de Cao Hamburguer. Na TV Globo, atuou em mais de 30 produções, como as novelas “Flor do Caribe” e “América” e os humorísticos “Zorra total”, “A grande família”, “A diarista” e “Sob nova direção”. Atuou também em cinco novelas da Rede Record, entre elas, “Poder paralelo” e “Chamas da vida”.
No cinema, fez “Paixão e acaso”, de Domingos Oliveira, “Transeuntes”, de Eric Rocha, e “Nosso lar”, de Wagner de Assis.
Ficha técnica:
Texto – Regiana Antonini
Supervisão artística – Amir Haddad
Direção – Fernando Philbert
Interpretação – Luiz Machado
Cenografia e figurino – Teca Fichinski
Iluminação – Vilmar Olos
Música – Maíra Freitas
Direção de movimento – Marina Salomon
Preparação vocal – Edi Montecchi
Design gráfico – Cláucio Sales
Assessoria de imprensa – Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Assistente de direção – Alexandre David
Assistente de cenário – Juju Ribeiro
Direção de produção – Joaquim Vidal
Realização – LM Produções ArtísticasServiço:
Nefelibato – Exibições virtuais
Homem oscila entre a lucidez e a loucura após perder tudo e ser obrigado a viver nas ruas
Temporada: 07, 14, 21 e 28 de julho, às 19h, de forma online e presencial (máximo de 40 pessoas).
Teatro Petra Gold: Rua Conde Bernadotte, 26 Leblon.
Telefone: (21) 2529 7700 | 98765 4321
Ingressos presenciais: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
Ingressos online: a partir de R$ 20.
Onde comprar e assistir: www.sympla.com.br/eventos?s=nefelibato&tab=eventos
ou na bilheteria com até 1h de antecedência para plateia presencial
Classificação etária: 14 anos
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