Vivaz, Bob Dylan regressa ao Porto após 26 anos
Um ano após apresentar-se em Lisboa, o lendário Bob Dylan regressou ao Porto, 26 anos depois de sua estreia no país, para uma apresentação única no Coliseu.
Com a casa lotada, o músico, cantor, compositor, escritor e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2018, agraciou os fãs com quase duas horas de música, entre elas: Things Have Changed, It Ain’t me Baby, Dignity, Tryin’ to Get Heaven, Make you Feel my Love, Don’t Think Twice, It’s All Right, Thunder on the Mountain, Soon After Midnight, Gotta Serve Somebody e Like a Rolling Stone, entre outras.
Os bilhetes para o concerto esgotaram-se em instantes, vale lembrar. Antes da apresentação, já na chegada ao Coliseu, o público fora avisado sobre a proibição da captação de qualquer imagem (video ou foto) e som durante o show. A maioria dos presentes respeitou o pedido/veto da produção. Entretanto, ao longo do concerto alguns tentavam a sorte de um registro, mas eram prontamente notificados pelos responsáveis da casa.
Atualmente o público está tão acostumado em fotografar, filmar e fazer partilhas nas redes sociais, que acaba por não aproveitar o momento e a experiência real de um show, o que certamente não conteceu neste 1° de maio. Ainda que “forçados” os presentes tiveram que apreciar e viver o momento por completo. Música. Folk. Blues. Country. Rock!
Apesar de, em nenhum momento cumprimentar a plateia com palavras(como já se sabe!), o público e o artista pareciam estar em sintonia. Entre uma canção e outra, Dylan , que já tem 50 anos de carreira, afastava-se do piano, caminhava até os pedestais dos microfones e os reorganizava. Seguia para beber algo e retornava ao piano com a música seguinte! Sempre sob fortes apalusos.
O relógio já se aproximava das 22h quando o show foi encerrado, com uma despedida e agradecimento em conjunto de Dylan e sua banda. As duas últimas canções da noite foram: Blowin’ in the Wind e It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry.
Sem dúvidas, foi uma apresentação grandiosa. A conjugação do cenário, composto por uma cortina castanha, com grandes focos de luzes amarelas e quentes, mais a escuridão da plateia sem celulares, transformaram o show e mesmo o coliseu, numa sala ainda mais aconchegante e intimista.
Os fãs certamente saíram satisfeitos e desejosos de um breve retorno de Dylan à Invicta.