Neste domingo (27), perdemos um dos músicos e compositores mais influentes do rock, com uma carreira de quase 50 anos. Lou Reed tinha realizado um transplante de fígado em maio e esses problemas hepáticos foram possivelmente a causa do seu falecimento. A sua assessoria de imprensa ainda não divulgou uma nota oficial mais aprofundada.
Reed despontou no final dos anos 60 com o grupo Velvet Underground, que juntamente com sua posterior carreira solo, primou em conceitualizar letras com alto teor de poesia com temática urbana. Musicalmente, representou uma inquietude repleta de ousadia e experimentalismos, influenciadora direta de estilos como o Glam, o Rock Alternativo e o Punk.
Teve em seu curriculum parcerias festejadas com David Bowie, Andy Warhol, Laurie Anderson, U2, e a última em 2011, culminou com o pouco entendido (como de praxe) álbum “Lulu”, junto ao Metallica. Foi um ativista incansável na cena novaiorquina, não apenas em suas letras de cunho altamente político, mas em um constante ativismo cívico e ambiental, personificando praticamente a cidade com sua persona.
Um artista que primou pela liberdade absoluta e total não convencionalidade em sua obra, com uma personalidade obscura e difícil, fazendo a palavra CONCESSÃO não constar no seu dicionário. Assim poderíamos classificar a trajetória de Lou Reed…
Por Alessandro Iglesias